Sana - Centenas de jovens iemenitas manifestaram neste domingo em Sanaa exigindo a retirada dos rebeldes xiitas, o primeiro protesto neste sentido desde a ocupação pelos rebeldes da capital há uma semana.
A leste da capital, um pequeno hospital utilizado por rebeldes xiitas foi alvo de um ataque suicida reivindicado pelo grupo Ansar al-Sharia, ligado à Al-Qaeda. O protesto em Sanaa, convocado pelo coletivo de jovens da Revolução de 11 de Fevereiro, que liderou as manifestações contra o regime do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, ocorreu sem problemas, enquanto os rebeldes xiitas estavam por toda parte na capital.
Os manifestantes caminharam pela avenida Zube;ri gritando palavras de ordem contra a presença dos rebeldes, também conhecidos como Huthis. "Não aos Huthis", gritavam os manifestantes. Em um comunicado, os líderes da manifestação exigiram "a retirada das milícias armadas da capital, a restauração da prestação de serviços de segurança, a restituição a seus proprietários dos bens saqueados e desculpas ao povo do Iêmen".
Os manifestantes também pediram aos rebeldes xiitas que respeitem o acordo de paz assinado em 21 de setembro, sob os auspícios da ONU, que prevê sua saída da capital. Após confrontos com o governo por mais de um mês, os rebeldes xiitas tomaram quase toda a capital em 21 de setembro.
Em Mazjar, uma cidade na província de Marib, localizada 80 km a leste de Sanaa, um suicida dirigindo um carro carregado com explosivos explodiu seu veículo na entrada de um pequeno hospital usado pelos rebeldes xiitas, informaram fontes tribais, que não puderam indicar potenciais vítimas.
O grupo Ansar al-Sharia, que reivindicou o ataque no Twitter, declarou ter matado "dezenas de rebeldes", um recorde que ainda não foi confirmado por fontes independentes. O grupo também afirmou ter emboscado o exército iemenita na província de Shabwa (sudeste), matando cinco soldados e ferindo outros três.