postado em 28/09/2014 16:21
Durante discurso para cerca de 40 mil idosos na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco disse hoje (28) que nem todos os avôs e avós têm uma família pronta para os acolher e, nesse caso, os abrigos e institutos para idosos são bem-vindos, desde que sejam ;realmente casas e não ;prisões;. ;Não podem existir centros onde os anciãos vivam esquecidos e escondidos;, afirmou.O papa também ressaltou que os lares precisam ser realmente para os idosos e não para os interesses de alguém. ;As residências devem ser pulmões da humanidade em um país, bairro ou em uma paróquia. Devem ser santuários de humanidade onde quem é velho e débil é cuidado como um irmão mais velho;, acrescentou.
Segundo Francisco, um povo que não cuida dos seus idosos, dos seus avós, e os maltrata, é um povo sem futuro, pois perde a memória e vive separado das próprias raízes. ;Uma das coisas mais bonitas em uma família é poder acariciar uma criança e deixar-se acariciar pelo avô ou pela avó;, disse.
O pontífice encerrou pedindo aos homens e mulheres para que construam com paciência uma sociedade diversa, mais acolhedora, mais humana e mais inclusiva. No início de seu discurso, Francisco agradeceu a presença do papa emérito Bento XVI. ;Eu disse tantas vezes que gostaria que ele habitasse aqui no Vaticano porque a sua presença é como ter um avó sábio em casa. Obrigado;.
No Brasil, há vários casos de denúncias contra casas de acolhimento de idosos. De acordo com o Censo Suas (Sistema Único da Assistência Social), existiam em 2013, em todo o país, 1.167 instituições de acolhimento cadastradas, que recebiam 44.416 pessoas idosas. De acordo com o Suas, cabe aos estados o acompanhamento do desenvolvimento da gestão do sistema e, consequentemente, os serviços socioassistenciais aos municípios.