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Presidente do Equador exige que Obama 'deixe a América Latina em paz'

Correa também denunciou os supostos planos dos Estados Unidos para intervir na região por meio do apoio financeiro a opositores

Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, exigiu nesta segunda-feira (29/9) que os Estados Unidos parem com o "intervencionismo" e "deixem em paz" os governos da América Latina durante um encontro internacional com líderes esquerdistas em Quito.




"O presidente Obama acaba de anunciar a criação de centros na América Latina, na África Subsaariana, no Oriente Médio e na Ásia para a formação de líderes, para o fortalecimento da sociedade civil em outros países e para, supostamente, combater os esforços de vários governos para restringir a liberdade de expressão, concentrações pacíficas e o direito à associação", lembrou.

Correa considerou contraditório que os americanos deem lições de liberdade enquanto mantêm "o criminoso bloqueio a Cuba" e enfrentam "a insultante desigualdade em que 1% da população possui 35% da riqueza".

Correa voltou a entrar em choque com Washington após obrigar a agência de cooperação Usaid a deixar o país. Também tiveram que sair 20 militares e funcionários que estavam na embaixada americana em Quito.