Agência France-Presse
postado em 30/09/2014 16:29
Cidade do Vaticano - O papa Francisco convocou uma reunião de dois dias no Vaticano com os representantes da Santa Sé no Oriente Médio para discutir a situação na região diante da ofensiva do grupo jihadista Estado Islâmico (EI). O encontro será realizado de 2 a 4 de outubro na biblioteca da secretaria de Estado do Vaticano, informou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Os núncios em Egito, Jordânia, Iraque, Jerusalém-Palestina, Irã, Líbano, Síria e Turquia, bem como representantes do Vaticano nas Nações Unidas, Genebra e União Europeia devem participar da reunião. Os cristãos e outras minorias religiosas que vivem há séculos na região estão ameaçados pela ofensiva do EI na Síria e no Iraque.
Francisco enviou no final de agosto um emissário ao Iraque, o cardeal Fernando Filoni, devido à grave situação dos cristãos neste país, e fez vários apelos à ONU para pedir a proteção dos cristãos e de outras minorias religiosas. Alguns bispos da Síria, onde os cristãos também estão sob a ameaça do EI, exigem que o Vaticano se comprometa ainda mais na luta contra os jihadistas.
Caritas e outras associações católicas estão mobilizadas para proteger os católicos da Síria e do Iraque e também ajudar os refugiados no Líbano e na Jordânia. O número dois do Vaticano, o secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, defendeu nesta segunda-feira na ONU "uma ação conjunta com a ONU" para conter os jihadistas.
Em seu longo discurso, que teve o texto divulgado nesta terça-feira pelo Vaticano, Parolin reitera a posição do papa Francisco. Para ambos os líderes da Igreja, "é lícito e urgente" impedir as ações terroristas, mas para isso é preciso recorrer a uma "ação multilateral" e considerar "o uso proporcional da força".
A hierarquia da Igreja também lembra que, acima de tudo, deve-se "proteger os fracos". A Santa Sé se opôs em 2013 a qualquer intervenção militar contra o regime sírio, a pedido de todos os bispos da região que são contra os ataques aéreos. No entanto, este ano, ele mudou sua posição ao aceitar uma intervenção contra o grupo EI, mas com a condição de que seja discutido e aprovado pela ONU.
Durante seu discurso, o secretário de Estado do Vaticano manifestou a desapontamento da Igreja com as "vozes contraditórias" expressas pela comunidade internacional e até mesmo com o "silêncio" frente aos conflitos na Síria, no Oriente Médio e na Ucrânia. Para o Papa, o mundo está passando por uma espécie não-convencional de "terceira guerra mundial fragmentada", "com um nível de crueldade terrível", já que afeta muitas mulheres e crianças.
Os núncios em Egito, Jordânia, Iraque, Jerusalém-Palestina, Irã, Líbano, Síria e Turquia, bem como representantes do Vaticano nas Nações Unidas, Genebra e União Europeia devem participar da reunião. Os cristãos e outras minorias religiosas que vivem há séculos na região estão ameaçados pela ofensiva do EI na Síria e no Iraque.
Francisco enviou no final de agosto um emissário ao Iraque, o cardeal Fernando Filoni, devido à grave situação dos cristãos neste país, e fez vários apelos à ONU para pedir a proteção dos cristãos e de outras minorias religiosas. Alguns bispos da Síria, onde os cristãos também estão sob a ameaça do EI, exigem que o Vaticano se comprometa ainda mais na luta contra os jihadistas.
Caritas e outras associações católicas estão mobilizadas para proteger os católicos da Síria e do Iraque e também ajudar os refugiados no Líbano e na Jordânia. O número dois do Vaticano, o secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, defendeu nesta segunda-feira na ONU "uma ação conjunta com a ONU" para conter os jihadistas.
Em seu longo discurso, que teve o texto divulgado nesta terça-feira pelo Vaticano, Parolin reitera a posição do papa Francisco. Para ambos os líderes da Igreja, "é lícito e urgente" impedir as ações terroristas, mas para isso é preciso recorrer a uma "ação multilateral" e considerar "o uso proporcional da força".
A hierarquia da Igreja também lembra que, acima de tudo, deve-se "proteger os fracos". A Santa Sé se opôs em 2013 a qualquer intervenção militar contra o regime sírio, a pedido de todos os bispos da região que são contra os ataques aéreos. No entanto, este ano, ele mudou sua posição ao aceitar uma intervenção contra o grupo EI, mas com a condição de que seja discutido e aprovado pela ONU.
Durante seu discurso, o secretário de Estado do Vaticano manifestou a desapontamento da Igreja com as "vozes contraditórias" expressas pela comunidade internacional e até mesmo com o "silêncio" frente aos conflitos na Síria, no Oriente Médio e na Ucrânia. Para o Papa, o mundo está passando por uma espécie não-convencional de "terceira guerra mundial fragmentada", "com um nível de crueldade terrível", já que afeta muitas mulheres e crianças.