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Mahmud Abbas quer ir ao Conselho de Segurança desafiando os Estados Unidos

Os EUA consideraram "ofensivo" o discurso de Abbas pedindo o fim da ocupação israelense e a independência do Estado da Palestina, e acusando Israel de genocídio e apartheid

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, decidiu ignorar as objeções americanos quanto a seus projetos diplomáticos sobre a ocupação israelense, considerando que as relações com Washington já estão tensas.



"Estamos determinados a continuar a luta política e não retomar qualquer negociação que não inclua um calendário para a realização dos nossos objetivos", disse ele.

Abbas reconheceu que não tem a garantia de obter os nove votos necessários para a análise de um projeto de resolução, e "se conseguirmos, é muito provável que os Estados Unidos apresentam o seu veto".

Neste caso, "vamos procurar as organizações internacionais e, em primeiro lugar, assinaremos o Estatuto de Roma para aderir ao Tribunal Penal Internacional (TPI)".

Ao mesmo tempo, "iremos examinar todos os acordos com Israel e a cooperação em matéria de segurança", disse ele.

Desde que obteve o status de país não-membro observador na ONU, em 2012, o Estado da Palestina ameaça aderir ao TPI, o que permitiria acusar líderes israelenses de crimes de guerra.