Agência France-Presse
postado em 04/10/2014 13:23
Washington - Os pais de um trabalhador humanitário americano que é mantido refém pelo grupo jihadistas extremista Estado Islâmico (EI) pediram por sua libertação em um vídeo divulgado neste sábado, no qual imploraram aos captores que mostrem misericórdia. "Imploramos a seus captores que mostrem misericórdia e utilizem seu poder para deixar nosso filho livre", pede Ed Kassig, referindo-se a seu filho Peter.[SAIBAMAIS]Peter é um ex-soldado americano que criou uma organização humanitária destinada a ajudar as vítimas do conflito sírio. O ex-soldado, de 26 anos, aparece no final do vídeo divulgado pelo EI na sexta-feira com a execução do britânico Alan Henning. Com um lenço cobrindo-lhe a cabeça, Paula Kassig disse que, após o desaparecimento de seu filho na Síria em outubro do ano passado, ela e o marido receberam mensagens dele já feito refém.
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"Por favor, lembre que todos nós estamos orando por você e por seu regresso são e salvo. Mas, acima de tudo, lembre que amamos você", declarou Paula ao filho. No vídeo, Ed Kassig conta que seu filho abraçou o Islã depois de estabelecer uma profunda relação com o povo dessa conflituosa região. "Quando viu o sofrimento do povo sírio, foi para a Turquia e fundou uma organização para dar ajuda e assistência", acrescentou Kassig.
"Ele ajudou a capacitar 150 civis para fornecer ajuda médica ao povo da Síria. Sua organização entregou alimentos, utensílios para cozinhar, roupas e remédios para aqueles que necessitavam. Passou a gostar e a admirar o povo sírio e lá se sentiu em casa. Nosso filho terminou abraçando o Islã", acrescentou Ed Kassing.
Originário de Indiana (nordeste dos EUA), esse ex-Ranger do Exército americano combateu no Iraque e, depois de abandonar as Forças Armadas, fundou a organização humanitária Special Emergency Response and Assistance (SERA), em 2012. Em sua página na Internet, a SERA informou que paralisou suas operações na Síria, temporariamente, por motivos de segurança.
O pai do refém disse ainda que, apesar de ter feito um apelo ao governo americano, não tem o poder necessário para influenciar sua política. "Há muitas coisas que estão fora do nosso controle", afirmou. "Pedimos ao governo que mude suas ações, mas, assim como nosso filho, temos tanto controle sobre o governo americano quanto vocês têm sobre o amanhecer", completou.