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Cinegrafista americano infectado com Ebola faz tratamento em Nebraska

Este é o quarto americano contaminado no país africano e o primeiro jornalista estrangeiro afetado desde o início da epidemia, que matou vários jornalistas locais

Agência France-Presse
postado em 06/10/2014 16:12
Washington - O cinegrafista americano que contraiu o vírus Ebola na Libéria chegou nesta segunda-feira (6/10) aos Estados Unidos para se submeter a tratamento médico, noticiou a emissora NBC.

O avião transportando Ashoka Mukpo, de 33 anos, partiu no domingo da capital liberiana, Monróvia, e fez uma escala curta em Bangor (Maine, EUA), antes de levar o paciente para o Centro Médico de Nebraska, acrescentou a NBC.

;Freelancer;, Mukpo tinha sido recrutado pela emissora americana NBC e estava em observação desde a quarta-feira (1/10) da semana passada em um centro de tratamento contra o Ebola, chefiado pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), a leste da capital liberiana.

O Centro Médico de Nebraska é, atualmente, um dos poucos estabelecimentos americanos com capacidade para receber pacientes afetados pelo Ebola, e já atendeu e curou um médico que tinha sido contaminado por esta febre hemorrágica na Libéria.

Este é o quarto americano contaminado no país africano e o primeiro jornalista estrangeiro afetado desde o início da epidemia, que matou vários jornalistas locais.

Mukpo "está de bom humor" e, como indício positivo, consegue comer e beber sem ajuda, afirmou a jornalista especializada em temas médicos da NBC News, Nancy Snyderman.

Ele "não se sente doente", afirmou o pai do paciente, Mitchell Levy. "Estamos realmente contentes de que seus sintomas ainda não sejam severos", disse a mãe dele, Diana Mukpo.

[SAIBAMAIS]A presidente da NBC News, Deborah Turness, afirmou na sexta-feira (3/10) passada que os integrantes da equipe que trabalhava com Ashoka Mukpo também seriam repatriados e colocados em quarentena, embora nenhum deles apresentasse sintomas da doença até o momento.



No total, seis americanos foram infectados no oeste da África com o vírus Ebola, cinco dos quais foram repatriados. O sexto, Patrick Sawyer, que também tinha nacionalidade liberiana, morreu em julho na Nigéria, após viajar para a Libéria.

A Libéria é o país mais afetado pela febre hemorrágica e concentra cerca de dois terços dos 3.300 mortos por Ebola na África ocidental.

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