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Avanço do vírus ebola preocupa autoridades do mundo inteiro

Casos suspeitos da doença letal na Itália, na Macedônia, na República Tcheca e na Austrália preocupam autoridades da área da saúde, que tentam evitar epidemia fora da África. Infectologista norte-americano alerta para uma "nova Aids" e prevê "longo combate"

postado em 10/10/2014 06:03

Médico com traje especial de proteção é visto pela janela da área de quarentena de hospital em Madri, onde a espanhola Teresa Romero lutava ontem pela vida, após contrair ebola

O avanço do vírus ebola segue preocupando as autoridades em todo o mundo. Ante as descobertas de casos suspeitos na Itália, na Macedônia e na República Tcheca, a União Europeia (UE) ; que considera ;altamente improvável; o risco de uma epidemia no continente ; começou a se mobilizar para evitar a propagação da doença letal pelos países do bloco. Até o fechamento desta edição, a enfermeira Teresa Romero, infectada na Espanha, seguia internada, em estado crítico, num hospital de Madri. Na Austrália, uma mulher que retornou de Serra Leoa foi submetida a exames na quinta-feira, após apresentar sintomas do ebola. Por sua vez, o diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Thomas Frieden, comparou a atual epidemia ao surgimento da Aids.



Funcionários da chancelaria do Reino Unido investigam a morte de um cidadão britânico que exibiu sinais da doença na Macedônia. De acordo com autoridades sanitárias do país citadas pela agência de notícias Reuters, o homem desembarcou na capital, Skopje, em 3 de outubro. O hotel no qual ele ficou hospedado foi interditado. Jovanka Kostovska, médica da Comissão do Ministério para Doenças Infecciosas, afirmou que a condição do paciente piorou rapidamente, após ele desenvolver febre, vômitos e hemorragia interna. ;Estes são todos os sintomas do Ebola, o que levanta dúvidas;, disse.

O Ministério da Saúde da Itália confirmou que investiga um possível caso no país. Segundo o jornal local Corriere Adriatico, uma mulher de 42 anos, com histórico de viagens recentes à Nigéria, buscou ajuda médica em um hospital da comuna de Civitanova Marche, com febre, dores musculares, náuseas e vômitos. Como ela retornou da África há apenas seis dias, as autoridades de saúde decidiram colocá-la sob quarentena.

[SAIBAMAIS]Na República Tcheca, um indivíduo com suspeitas de ter contraído o vírus foi levado ao hospital Na Bulovce, em Praga, capital do país. Nascido em 1958, ele regressou da Nigéria 22 dias atrás. O ebola, no entanto, não é transmissível durante o período de incubação, estimado em até três semanas. De acordo com Vladimir Valenta, principal autoridade sanitária tcheca, as medidas de isolamento foram tomadas por precaução. ;Como o único sintoma foi febre até agora, esperamos que possa ser outra doença, como a malária, por exemplo;, disse à Czech News Agency. ;No momento, todas as pessoas que ele conheceu desde que voltou para casa estão sendo monitoradas;, acrescentou.

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