Agência France-Presse
postado em 11/10/2014 11:15
DIYARBAKIR - Novas manifestações a favor dos curdos foram registradas na sexta-feira à noite na Turquia, cinco dias depois da explosão de uma onda de violência que deixou mais de 30 mortos, centenas de feridos e provocou importantes danos materiais.Em Diyarbakir (sudeste), a "capital" curda do país, vários grupos de manifestantes ocuparam as ruas, mas não foram registrados incidentes graves.
Em Istambul, a polícia prendeu várias pessoas após confrontos no bairro de Okmeydani.
A onda de violência começou na segunda-feira, depois de uma convocação do principal partido curdo da Turquia para protestos contra a decisão de Ancara de não intervir para salvar a cidade curda síria de Kobane, cercada pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico.
O primeiro balanço oficial dos confrontos cita 31 mortos 360 feridos e mais de mil detenções, sobretudo nas províncias do sudeste de maioria curda.
A imprensa turca noticiou a morte de dois manifestantes que ficaram gravemente feridos em Diyarbakir e Van, o que não foi confirmado por fontes oficiais.
À margem dos acontecimentos, dois policiais foram mortos a tiros em Bingol (sudeste), assim como cinco pessoas suspeitas de participação no ataque.
Muitas mortes durante a semana aconteceram em confrontos entre militantes próximos aos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e simpatizantes de movimentos islamitas ou nacionalistas.
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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan prometeu na sexta-feira que perseguirá os responsáveis pelos distúrbios, ao mesmo tempo que afirmou que prosseguirá com o processo de paz aberto com o PKK.
Mas o líder do PKK, Abdullah ;calan, que está preso, advertiu que se Kobane passar ao controle dos jihadistas, isto significaria o fim do processo de paz.