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Evo Morales caminha para reeleição à presidência da Bolívia

O primeiro presidente indígena do país deve conquistar com facilidade o terceiro mandato, turbinado pela bonança das commodities, pela mão estendida ao setor privado e pelas dificuldades da oposição



Além do importante componente étnico, o quadro econômico boliviano conspira em favor do mandatário. Sob a tutela de Luis Alberto Arce, ministro da Economia desde 2006, a Bolívia manteve uma política fiscal organizada, beneficiada pelo alto preço das commodities exportadas pelo país ; como soja, gás e minerais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o país crescerá 5,4% em 2014, acima da taxa de 1,3% projetada para o conjunto da América Latina.

A nacionalização do setor de hidrocarbonetos proporcionou que a entrada de recursos oriundos do setor energético nos cofres públicos subisse de US$ 673 milhões, em 2005, para US$ 855 bilhões, em 2013, segundo dados da estatal YPFB. ;Morales deu muita sorte com o aumento da demanda por commodities. Ele teve uma folga fiscal que fez com que seu governo mantivesse a estabilidade econômica e desse conta das políticas de compensação social;, avalia Alberto Pfeifer, especialista em integração latino-americana e membro do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da Universidade de São Paulo (Gacint-USP).

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[SAIBAMAIS]