Agência France-Presse
postado em 12/10/2014 18:34
Monróvia - Os profissionais da área de saúde da Libéria vão endurecer, a partir de segunda-feira, o movimento de greve visando o pagamento de adicionais de risco em face da epidemia de Ebola - anunciou neste domingo o presidente do sindicato, Joseph Tamba.Dezenas de pessoas morreram vítimas do vírus Ebola na clínica Island, em Monróvia, capital do país, desde o início de uma greve no estabelecimento, na última sexta-feira, disse à AFP um representante dos funcionários, Alphonso Wesseh.
"Nós diminuímos o ritmo das nossas atividades porque o governo se recusa a atender às nossas reivindicações", declarou Wesseh, acusando as autoridades de recusarem qualquer tentativa de mediação ou de compromisso.
[SAIBAMAIS]
"A partir de amanhã (segunda-feira) nós entraremos em greve nacional em todos os hospitais e centros de atendimento, inclusive nos centros de tratamento de Ebola", declarou à AFP Joseph Tamba.
O porta-voz do governo, Isaac Jackson, negou na sexta-feira qualquer alteração nos serviços de saúde, especialmente na clínica Island, aberta de forma emergencial em 21 de setembro e administrada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Não há protestos, tudo está bem com os profissionais de saúde e os pacientes estão sendo bem tratados", garantiu Jackson à imprensa - proibida de entrar no local.
Leia mais notícias em Mundo
Os cuidadores são particularmente afetados pela epidemia, que provocou 201 contaminações entre eles na Libéria, onde 95 morreram, segundo último balanço da OMS.
A Libéria é o país mais atingido pelo vírus da febre hemorrágica com 2.316 mortos sobre um total de 4.033 em sete países, também segundo a OMS.