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Mundo está mal preparado para emergências sanitárias, diz diretora da OMS

Margaret Chan frisou que esta constatação não se refere apenas ao surto de ebola na África Ocidental, mas a qualquer outra emergência da mesma magnitude

postado em 13/10/2014 16:23
O atual surto de ebola é ;a mais grave emergência dos tempos modernos; e mostra que o mundo está mal preparado para responder a uma emergência sanitária crítica disse, nesta segunda-feira (13/10), a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan. ;O mundo está mal preparado para responder a qualquer emergência sanitária sustentada e severa;, disse a diretora num discurso lido por um representante da OMS em reunião de responsáveis de saúde do Pacífico Ocidental, em Manila, e distribuído à imprensa, em Genebra.

Margaret Chan frisou que esta constatação não se refere apenas ao surto de ebola na África Ocidental, mas a qualquer outra emergência da mesma magnitude.O atual surto, considerou, é a maior emergência sanitária da nossa era. ;Na minha longa carreira na saúde pública, que incluiu lidar com os surtos de H5N1 e Sars (síndrome respiratória aguda grave), em Hong Kong, e com a pandemia de gripe, na OMS, nunca vi um assunto que atraia tanto interesse midiático mundial. Nunca vi um problema de saúde que provoque tanto medo e terror fora dos países afetados. Nunca vi uma doença contagiosa que contribua tão fortemente para o potencial fracasso de um Estado;, disse a diretora-geral da OMS.

A reunião de 18 de setembro, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para avaliar a situação demonstra se tratar de ;uma crise de saúde pública que se transformou numa crise que afeta a paz e a segurança internacional;, avaliou Margaret Chan.



Ela realçou que a evolução do surto foi parcialmente determinada pelo fato de ter surgido em países pobres com sistemas de saúde precários. ;O surto demonstra os perigos das crescentes desigualdades sociais e econômicas no mundo. Os ricos obtêm o melhor tratamento. Os pobres são deixados [para] morrer;, disse.

A inexistência de tratamentos ou vacinas para um vírus conhecido desde 1976 deve-se ao fato de ;o ebola ter sido histórica e geograficamente confinado a nações africanas pobres;, destacou a diretora da OMS. Mais de 8 mil pessoas foram infectadas com o ebola, na África. Nos últimos meses, mais de 4 mil africanos morreram.

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