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Chefe de missão da ONU pede mais 2,7 mil leitos para tratar ebola

Além dos 2,7 mil leitos, faltam 16 laboratórios de diagnóstico, 450 equipamentos para tratar as vítimas, 1 mil veículos e equipamento para proteção

Agência France-Presse
postado em 14/10/2014 21:18
Nova York - A epidemia de ebola está avançando rapidamente e "ganhando a corrida" contra as autoridades de Saúde, avaliou nesta terça-feira (14/10) um alto funcionário da ONU, ao pedir uma série de medidas adicionais no combate à epidemia, incluindo o fornecimento de mais 2.700 leitos hospitalares.

"Não podemos deixar que o ebola vença", ressaltou Anthony Banbury, chefe da missão da ONU para coordenar uma resposta de emergência contra a doença (UNMEER), durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas dedicada à epidemia.

[SAIBAMAIS]Ao lembrar as últimas previsões da OMS, segundo as quais haverá entre 5.000 e 10.000 novos casos de ebola no oeste da África a partir de dezembro, acrescentou: "Isto significa que precisamos de 7.000 leitos em centros de tratamento, mas até agora só está previsto que tenhamos 4.300", e sem as equipes necessárias para administrá-los.

Além dos 2.700 leitos que faltam, Banbury fez uma lista de elementos indispensáveis para controlar a doença, como 16 laboratórios de diagnóstico, 450 equipamentos para tratar as vítimas, 1.000 veículos e equipamento para proteção.


"Precisamos de mais funcionário de saúde formados, meios logísticos e de transporte, telefones celulares e geradores", detalhou. "Isso significa mais dinheiro", acrescentou, em videoconferência em Acra, capital de Gana, onde a missão tem seu quartel-general.

Segundo um alto funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS), até dezembro as infecções pelo vírus poderão variar de 5.000 a 10.000 por semana no oeste da África.

Desde o início do ano, a epidemia matou 4.447 pessoas de um total de 8.914 casos registrados.

A ONU admitiu na sexta-feira passada que até agora só conseguiu coletar 25% de US$ 1 bilhão que pediu para financiar a luta contra o ebola durante seis meses.

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