Agência France-Presse
postado em 15/10/2014 20:14
Havana - Os chefes de Estado e de governo dos nove países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) se reunirão na segunda-feira em uma cúpula "extraordinária", em Havana, para definir ações de luta contra o Ebola, informou nesta quarta-feira o Ministério das Relações Exteriores de Cuba."Com o objetivo de ajustar a cooperação regional para a prevenção e o enfrentamento do Ebola, será realizada em Havana, na segunda-feira, 20 de outubro, uma Cúpula Extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América", anunciou a Chancelaria em um comunicado publicado em seu site.
Mais cedo, a ministra venezuelana da Saúde, Nancy Pérez, explicou que o encontro de segunda-feira reunirá em Havana ministros da Saúde dos países da Alba: Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, Cuba, Antígua e Barbuda, Dominica, Santa Lúcia, e São Vicente e Granadinas.
A Chancelaria cubana explicou no comunicado que a reunião contará com "chefes de Estado e de governo, assim como outros altos representantes dos países-membros da Alba e de organismos internacionais".
O propósito do encontro será definir a forma como os países do bloco farão sua "contribuição comum frente a este importante desafio sanitário para evitar a propagação da doença na região da América Latina e do Caribe".
A cúpula da Alba em Havana é a primeira iniciativa regional contra o Ebola na América Latina. Cuba anunciou o envio de 461 médicos para ajudar a combater o vírus em Serra Leoa, dos quais 165 começaram a trabalhar no começo de outubro ao lado de médicos voluntários de outros países.
A convocação dos presidentes da Alba é feita "em consonância com o chamado feito pelo secretário-geral das Nações Unidas (Ban Ki-moon) para unir os esforços internacionais na prevenção e no combate à epidemia de Ebola, que hoje afeta o oeste e o centro da África", acrescentou a Chancelaria.
A epidemia causada pelo vírus Ebola matou 4.493 pessoas de um total de 8.997 casos registrados em sete países (Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos), segundo o último registro divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira com base em dados coletados até 12 de outubro.