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Ebola: hospital de Dallas admite erros após dois casos confirmados

Daniel Varga, diretor clínico da Texas Health Resources, consórcio de saúde ao qual pertence o hospital, comparece nesta quinta-feira (16/10) à Câmara dos Representantes

postado em 16/10/2014 09:03
O Hospital Presbiteriano de Dallas, no Texas, onde foi registrado o primeiro caso de ebola nos Estados Unidos, cometeu erros de gestão envolvendo o paciente que morreu há uma semana e contagiou duas enfermeiras.

O diretor clínico da Texas Health Resources, consórcio de saúde ao qual pertence o hospital, Daniel Varga, comparece nesta quinta-feira (16/10) à Câmara dos Representantes, mas o documento que será apresentado por ele já foi difundido por meios de comunicação norte-americanos. ;Infelizmente, cometemos erros no primeiro contato com o paciente contaminado, apesar das melhores intenções nossas e da equipe médica altamente qualificada;, admite Daniel Varga, desculpando-se também por ;não ter diagnosticado corretamente os sintomas do ebola;.

O paciente procurou pela primeira vez o Hospital Presbiteriano de Dallas no dia 25 de setembro, com febre e dores abdominais, mas os médicos deixaram que ele voltasse para casa com antibióticos, sem levar em consideração que o homem vinha da Libéria. Três dias depois, ele voltou ao hospital e foi colocado sob quarentena.

Varga também reconheceu erros no ;esforço de comunicar o que se passava de forma rápida e transparente à opinião pública;, os quais ;inquietaram uma comunidade que já estava preocupada e confundida;. O executivo explicou que, devido a esses erros, o hospital adotou ;uma série de mudanças baseadas nas lições aprendidas;.

Durante o período em que o paciente ficou internado, pelo menos duas enfermeiras que o atenderam foram infectadas pelo vírus. O segundo caso de contaminação foi confirmado nesta quarta-feira (15/10), quando as autoridades norte-americanas colocaram sob alerta todos os passageiros de um voo feito por uma enfermeira, na última segunda-feira (13/10), entre Cleveland e Dallas, quando ela já apresentava febre.

Fontes governamentais indicaram que ela consultou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, no sentido de saber se poderia fazer a viagem de avião e que foi autorizada. Após ter sido diagnosticada com o ebola, a paciente foi transferida para o Hospital Emory de Atlanta, que já tratou norte-americanos repatriados da África Ocidental depois de confirmado o diagnóstico.



[SAIBAMAIS]Entretanto, as autoridades de Dallas planejam divulgar ainda hoje uma declaração de emergência face ao risco de contágio do vírus. A cidade registra uma morte, três casos confirmados e 118 pessoas em potencial risco de contrair o vírus, das quais mais da metade integra o pessoal de saúde.

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