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Justiça paquistanesa confirma pena de morte para cristã por insulto a Maomé

Asia Bibi foi acusada por mulheres muçulmanas de sua aldeia, com as quais mantinha uma relação tensa

Agência France-Presse
postado em 16/10/2014 16:32
Um tribunal paquistanês rejeitou nesta quinta-feira (16/10) o recurso apresentado pela cristã Asia Bibi, condenada à pena de morte quatro anos atrás por "insultar" o profeta Maomé, informaram seus advogados. Asia Bibi, mãe de cinco filhos, foi condenada à morte por blasfêmia em novembro de 2010 depois de ter sido acusada por mulheres muçulmanas de sua aldeia, com as quais mantinha uma relação tensa.

Em um caso que lembra o sistema de castas, as mulheres se recusaram a beber água de um vaso que Asia Bibi tinha acabado de usar, considerando a água impura. Dias depois, as mulheres contaram a uma autoridade religiosa local que Bibi havia insultado o profeta Maomé e ela foi processada por blasfêmia pelo clérigo.



A lei paquistanesa sobre a blasfêmia, acusada pelos liberais de ser manipulada para resolver conflitos pessoais, prevê a pena de morte para aqueles que denigrem Maomé. Muitas pessoas foram condenadas à morte por blasfêmia, mas a pena não é aplicada desde 2008, exceto no caso de um soldado condenado por uma corte marcial.

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