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Ministra da Libéria se coloca em quarentena voluntária por ebola

O coordenador alemão para o ebola assegurou que o país ajudará a Libéria, especialmente, a reconstruir seu sistema de saúde

Agência France-Presse
postado em 16/10/2014 18:51
A ministra liberiana dos Transportes, Angela Cassell-Bush, anunciou nesta quinta-feira (16/10) ter se colocado voluntariamente em quarentena, depois da morte de seu motorista particular, vítima de ebola.

A Presidência da Libéria, o país mais afetado pela atual epidemia, divulgou o compromisso da Alemanha de se encarregar de um centro de tratamento para o ebola que está em construção pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em Paynesville, subúrbio do leste de Monróvia.

A decisão foi anunciada pelo coordenador alemão para o ebola, Walter Johannes Lindner, recebido na quarta-feira pela presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, segundo um comunicado do gabinete de Sirleaf.

[SAIBAMAIS]Lindner assegurou que seu país ajudará a Libéria, especialmente, a reconstruir seu sistema de saúde. Ele também informou que mais de três mil pessoas na Alemanha se colocaram à disposição como voluntárias para combater o ebola na Libéria, destacando que 325 (250 militares e 75 da Cruz Vermelha alemã) já estariam prontos para viajar e trabalhar no país.

"Eu me coloquei em quarentena, porque meu motorista ainda dirigia para mim quando ficou doente. Embora não tenha tido contato direto com ele, faço isso por precaução", declarou a ministra em comunicado divulgado nesta quinta-feira em Monróvia.



"Ficarei afastada durante 21 dias, como recomendam as regras médicas referentes a esse vírus", informou Cassell-Bush, que assumiu o cargo em agosto.

Enquanto isso, a mais elevada autoridade médica do país, Bernice Dahn, posta em quarentena também por 21 dias (período máximo de incubação do vírus) após o falecimento de seu adjunto, morto por ebola em 25 setembro, informou à AFP ter retomado o trabalho na segunda-feira. Ela declarou estar "em plena forma".

De acordo com a OMS, a Libéria, país mais afetado pela epidemia, tem seis centros de tratamento para o ebola dos 28 previstos, com capacidade para 620 leitos dos 2.930 (21%) necessários, com pessoal de Saúde suficiente para apenas 16 dos 28 centros.

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