Agência France-Presse
postado em 16/10/2014 20:11
Saint-Mandé - Os primeiros testes feitos em uma enfermeira, que cuidou do primeiro caso de ebola na França, deram negativo para o vírus, mas ainda devem ser confirmados, informou na noite desta quinta-feira (16/10) uma fonte ligada ao caso."Os primeiros testes deram negativo, efetivamente. Aguardamos outros resultados para confirmação", acrescentou a mesma fonte consultada pela AFP.
A enfermeira havia sido internada mais cedo em um hospital militar perto de Paris com febre prolongada superior a 38;C.
[SAIBAMAIS]O Hospital Begin, em Saint-Mande (norte), recebeu a paciente no começo da tarde, afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada.
De acordo com outras fontes, que também optaram por não revelar seus nomes, ela fazia parte da equipe do mesmo hospital que tratou o primeiro caso da doença no país - o de uma outra enfermeira que contraiu o vírus na Libéria, onde trabalhou para a organização Médicos sem Fronteiras (MSF).
A voluntária do MSF retornou à França no mês passado e está em recuperação.
A ministra francesa da Saúde, Marisol Touraine, recusou-se a comentar o caso suspeito - que pode ser um alarme falso, como os diversos feitos na semana passada.
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"Eu fui muito clara ao dizer que, se houvesse um caso de ebola em território francês, eu informaria à população imediatamente", declarou à rádio RTL.
Touraine acrescentou que não quer aumentar a ansiedade em torno da nova epidemia da doença, que começou na África Ocidental no começo do ano e já matou mais de 4.500 pessoas, em sua maioria habitantes de Libéria, Guiné e Serra Leoa.
Casos de ebola também foram registrados em países distantes.
Nos Estados Unidos, dois funcionários de um hospital no Texas foram diagnosticados com a doença depois de cuidarem do paciente liberiano Thomas Eric Duncan, falecido em Dallas em 8 de outubro.
Uma enfermeira espanhola também foi infectada pelo vírus depois de ter tratado de um missionário idoso que contraiu o ebola em Serra Leoa e morreu em 25 de setembro.
A doença é transmitida por contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada que tenha apresentado febre, diarreia e vômito.
Vários países intensificaram seus protocolos de saúde para conter o avanço da doença.
Nesta quinta-feira, a França anunciou que médicos do aeroporto Charles de Gaulle, o principal de Paris, vão verificar a temperatura de passageiros que chegarem pelos voos diários provenientes da capital da Guiné, Conacri.
A França e a Cruz Vermelha também irão ajudar o país africano a reforçar os controles existentes no embarque de passageiros em Conacri.