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Advogado de Pistorius pede trabalhos comunitários como condenação

Barry Roux argumentou que "nenhum castigo pode ser pior que o que (Pistorius) atravessa há 18 meses"

Agência France-Presse
postado em 17/10/2014 10:43
O atleta sul-africano aguarda pela sentença no tribunal
O advogado de Oscar Pistorius pediu nesta sexta-feira (17/10) uma condenação a trabalhos de interesse geral para o atleta, alegando que ele já sofreu muito após o homicídio culposo da namorada em 2013.

Após quase uma hora de alegação, Barry Roux defendeu uma "condenação útil para a sociedade". Antes, o advogado havia tentando convencer que o remorso do acusado é sincero e que Pistorius só deseja uma coisa: "fazer todo o bem possível". O promotor Gerrie Nel tomou a palavra depois para exigir uma condenação severa.

[SAIBAMAIS]O advogado argumentou que "nenhum castigo pode ser pior que o que (Pistorius) atravessa há 18 meses", recordando que o atleta foi apresentado pela imprensa do mundo inteiro como um assassino frio e um louco.

A juíza Thokozile Masipa aceitou em setembro a versão de Pistorius de que ele matou a namorada, Reeva Steenkamp, com quatro tiros disparados através da porta do banheiro de sua casa, por acreditar que era um ladrão.



"A dor de Oscar nunca desaparecerá (...) o trauma emocional é o pior castigo", insistiu, antes de afirmar que o ex-campeão paralímpico "perdeu tudo" e não tem mais dinheiro.

O advogado citou vários casos da jurisprudência sul-africana nos quais um réu matou um integrante da família em circunstâncias similares e não cumpriu condenação ou cumpriu uma pena não carcerária.

Roux lembrou o caso de Rudi Visagie, jogador de rúgbi que não cumpriu pena depois de matar a própria filha em 2004, ao confundi-la com um ladrão.

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