Mundo

Islamitas filipinos libertam casal alemão, refém há seis meses

As vítimas eram um homem de 70 anos e uma mulher de 50

Agência France-Presse
postado em 17/10/2014 12:42
Zamboanga - Um casal de reféns alemães, sequestrado no sul das Filipinas há seis meses por combatentes islamitas, foi libertado nesta sexta-feira (17/10), informou o chefe das Forças Armadas nacionais, general Gregorio Catapang.

Segundo o general, depois de libertados, os dos dois reféns - um homem de 70 anos e uma mulher de 50 - foram rapidamente levados para um hospital militar da cidade de Zamboanga (sul).

A notícia foi confirmada pelo porta-voz do grupo conhecido como Abu Sayyaf. Inicialmente ligado à Al-Qaeda, esse movimento anunciou recentemente a sua adesão ao Estado Islâmico (EI).

O Abu Sayyaf havia exigido do governo alemão o pagamento de 5,6 milhões de dólares de resgate e uma declaração pública de que retiraria seu apoio à coalizão que bombardeia o EI na Síria e no Iraque.

O porta-voz, Abu Rami, afirmou a uma emissora de rádio que seu grupo tinha recebido o valor do resgate exigido.

Catapang indicou que não há informações sobre o suposto pagamento de resgate e disse que o Exército não abordou esse aspecto das negociações. "Nós não negociamos com terroristas", limitou-se a dizer.

Os dois reféns foram sequestrados em alto-mar em abril, quando navegavam perto da ilha de Palawan.

Este grupo, formado por algumas centenas de membros, é considerado terrorista por Washington. A organização foi fundada em 1990 pelo imã Abdurajak Khankalani, veterano da guerra do Afeganistão e cunhado do fundador da Al-Qaeda, Osama Bin Laden.

Durante anos, o grupo obteve financiamento graças ao sequestro de dezenas de ocidentais, incluindo missionários, turistas e membros de organizações internacionais.



O Abu Sayyaf chegou a decapitar alguns de seus reféns, incluindo um turista americano sequestrado em 2002.O grupo defende a criação de um Estado Islâmico nas ilhas habitadas de maioria muçulmana do arquipélago filipino.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação