Agência France-Presse
postado em 18/10/2014 14:22
Mursitpinar - A organização Estado Islâmico enviou reforços para a região de Kobane, na Síria, e atacou novamente as forças curdas neste sábado, apesar dos ataques aéreos da coalizão internacional. Os jihadistas concentram grande parte dos seus esforços nesta cidade que, caso seja tomada, permitirá que o grupo controle uma longa faixa territorial ininterrupta na fronteira entre Síria e Turquia.
O EI também recebeu novos "reforços em homens, munições e equipamentos" das províncias de Aleppo e de Raqqa (norte), reduto do grupo extremista sunita na Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O grupo acentuou a pressão sobre o posto fronteiriço no norte de Kobane. Entre sexta-feira e sábado, mais de 30 morteiros foram disparados pelos jihadistas contra o posto, de acordo com o OSDH e com uma jornalista da AFP do lado turco da fronteira.
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Violentos combates foram registrados durante a noite entre as milícias curdas YPG (Unidades de Proteção do Povo) e os jihadistas, que atacaram o posto a partir do leste de Kobane, segundo Idriss Nassen, um líder local curdo. Os curdos conseguiram repelir os extremistas, disse Nassen.
Crucificação
O Observatório indicou que dois jihadistas do EI, incluindo um de 15 anos, foram executados na sexta-feira a tiros depois de terem sido capturados por rebeldes sírios que apoiam as forças curdas em Kobane. Neste sábado à tarde, a coalizão realizou o seu primeiro ataque aéreo do dia, segundo a jornalista da AFP na fronteira.
[SAIBAMAIS] No total, mais de cem bombardeios foram realizados pela coalizão internacional desde o final de setembro apenas em torno de Kobane. O Estado Islâmico se aproveitou da guerra civil que devasta a Síria há três anos para ocupar vastas partes do território do país árabe. Na madrugada deste sábado, os ataques da coalizão causaram a morte de sete civis em Deir Ezzor (leste) e de três no sul da província de Hassaka.
Apesar da importância estratégica de Kobane, o general Lloyd Austin, chefe do Comando Militar americano na região (Centcom), lembrou que o Iraque é "a prioridade dos Estados Unidos". O Conselho de Segurança das Nações Unidas exortou a comunidade internacional a intensificar seu apoio ao governo iraquiano, que anunciou seus novos ministros da Defesa e do Interior neste sábado após semanas de discussões.
O Parlamento aprovou as nomeações de Khaled al-Obaidi, do bloco sunita Itihad al-Quwa al-Wataniyah, para a Defesa, e de Mohammed al-Ghabban, do bloco xiita Badr, para o Interior.
As nomeações eram aguardadas após quatro meses de uma ofensiva jihadista que mergulhou ainda mais o país no caos e evidenciou as deficiências das forças iraquianas, incapazes de impedir o avanço do grupo ultra-radical na primeiras semanas.
Crimes bárbaros
Acusado de crimes contra Humanidade, o EI é responsável por crimes bárbaros, como estupros e decapitações em um "califado" proclamado no fim de junho em vastas regiões do Iraque e da Síria. Os jihadistas executaram e crucificaram um homem nesta semana em Al-Bab, na província síria de Aleppo, afirmou o OSDH.
Citando testemunhas, a ONG afirma que o homem foi pregado em uma cruz de ferro junto com um cartaz que indicava "Abdullah al-Buchi. Crime: ter filmado posições do EI por 500 libras turcas (US$ 222)".
O EI também recebeu novos "reforços em homens, munições e equipamentos" das províncias de Aleppo e de Raqqa (norte), reduto do grupo extremista sunita na Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O grupo acentuou a pressão sobre o posto fronteiriço no norte de Kobane. Entre sexta-feira e sábado, mais de 30 morteiros foram disparados pelos jihadistas contra o posto, de acordo com o OSDH e com uma jornalista da AFP do lado turco da fronteira.
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Violentos combates foram registrados durante a noite entre as milícias curdas YPG (Unidades de Proteção do Povo) e os jihadistas, que atacaram o posto a partir do leste de Kobane, segundo Idriss Nassen, um líder local curdo. Os curdos conseguiram repelir os extremistas, disse Nassen.
Crucificação
O Observatório indicou que dois jihadistas do EI, incluindo um de 15 anos, foram executados na sexta-feira a tiros depois de terem sido capturados por rebeldes sírios que apoiam as forças curdas em Kobane. Neste sábado à tarde, a coalizão realizou o seu primeiro ataque aéreo do dia, segundo a jornalista da AFP na fronteira.
[SAIBAMAIS] No total, mais de cem bombardeios foram realizados pela coalizão internacional desde o final de setembro apenas em torno de Kobane. O Estado Islâmico se aproveitou da guerra civil que devasta a Síria há três anos para ocupar vastas partes do território do país árabe. Na madrugada deste sábado, os ataques da coalizão causaram a morte de sete civis em Deir Ezzor (leste) e de três no sul da província de Hassaka.
Apesar da importância estratégica de Kobane, o general Lloyd Austin, chefe do Comando Militar americano na região (Centcom), lembrou que o Iraque é "a prioridade dos Estados Unidos". O Conselho de Segurança das Nações Unidas exortou a comunidade internacional a intensificar seu apoio ao governo iraquiano, que anunciou seus novos ministros da Defesa e do Interior neste sábado após semanas de discussões.
O Parlamento aprovou as nomeações de Khaled al-Obaidi, do bloco sunita Itihad al-Quwa al-Wataniyah, para a Defesa, e de Mohammed al-Ghabban, do bloco xiita Badr, para o Interior.
As nomeações eram aguardadas após quatro meses de uma ofensiva jihadista que mergulhou ainda mais o país no caos e evidenciou as deficiências das forças iraquianas, incapazes de impedir o avanço do grupo ultra-radical na primeiras semanas.
Crimes bárbaros
Acusado de crimes contra Humanidade, o EI é responsável por crimes bárbaros, como estupros e decapitações em um "califado" proclamado no fim de junho em vastas regiões do Iraque e da Síria. Os jihadistas executaram e crucificaram um homem nesta semana em Al-Bab, na província síria de Aleppo, afirmou o OSDH.
Citando testemunhas, a ONG afirma que o homem foi pregado em uma cruz de ferro junto com um cartaz que indicava "Abdullah al-Buchi. Crime: ter filmado posições do EI por 500 libras turcas (US$ 222)".