Agência France-Presse
postado em 20/10/2014 09:37
O Partido Comunista Chinês (PCC) abriu nesta segunda-feira (20/10) em Pequim a reunião plenária do Comitê Central, na qual fortalecerá o controle do sistema judicial, testado sob a autoridade do presidente Xi Jinping.A plenária, a quarta do período iniciado pelo 18; congresso, em novembro de 2012, reunirá 200 membros titulares e 170 suplentes do Comitê Central, assim como da Comissão Central de Inspeção Disciplinar, o temido organismo que administra uma dura campanha contra a corrupção.
Oficialmente, os quatro dias de reuniões dos principais dirigentes da segunda maior potência econômica mundial serão consagrados ao fortalecimento da autoridade da lei. "Quando os dirigentes chineses falam da autoridade da lei, quase sempre se referem a uma forma de reforçar o controle do partido sobre as autoridades", explica à AFP Michael David, da Universidade de Hong Kong.
Os investidores estrangeiros, que desejam um marco legal mais seguro para seus negócios na China, acompanharão com grande interesse a plenária, mas geralmente o encontro acontece a portas fechadas e em total sigilo, em um hotel da capital.
A reunião também se pronunciará sobre o destino do ex-ministro da Segurança Pública Zhou Yongkag, vítima da campanha anticorrupção em julho. Geralmente, nenhuma informação é divulgada antes do fim da plenária, que acontece sob fortes medidas de segurança e conta com as presenças do presidente Xi Jinping, do primeiro-ministro Li Keqiang e de outras autoridades.
Graças a uma campanha anticorrupção muito divulgada, que resultou na destituição de pelo menos 51 altos funcionários, segundo uma contagem da AFP, Xi também afastou potenciais rivais. O encontro também pretende acalmar os ânimos, depois da comoção provocada em todo o regime comunista.