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Mulheres e crianças são feitas reféns após tiroteio na Tunísia

As forças de ordem acreditam que os homens estejam armados e munidos com explosivos

Tunes - A polícia mantinha o cerco nesta quinta-feira (23/10) a homens armados que invadiram uma casa no subúrbio da capital da Tunísia, mantendo mulheres e crianças como reféns, após uma troca de tiros que deixou um policial morto, às vésperas das eleições legislativas de domingo.

Por volta das 17h00 (14h00 de Brasília), a casa situada em Oued Ellil ainda estava cercada pelas forças de segurança e tiros podiam ser ouvidos com frequência, de acordo com jornalistas da AFP presentes no local. "Não entramos na casa em razão da presença de mulheres e crianças", explicou à AFP o porta-voz do Ministério do Interior, Mohamed Ali Aroui, evitando usar o termo sequestro e indicando que uma das mulheres é "esposa de um dos elementos terroristas".

O governo denunciou a utilização de "escudos humanos" depois que um policial foi morto com um tiro e um outro ficou ferido durante a manhã. "Há (na casa) pelo menos dois homens, pelo menos duas mulheres e crianças. Temos informações de explosivos", disse Aroui durante uma entrevista coletiva à imprensa. As autoridades não informaram a identidade dos invasores ou a que grupo pertencem.

A casa foi cercada com base em informações obtidas após a detenção de "dois terroristas", segundo as quais "outros elementos estavam em uma casa" no subúrbio da capital. Os dois "terroristas" tinham sido detidos após um confronto em Kébili, 500 km ao sul de Túnis, durante o qual haviam matado um policial, segundo Aroui.

O sequestro ocorre a três dias das eleições legislativas que, com junto com a eleição presidencial de 23 de novembro, são cruciais para a estabilidade do país.



Os ministérios da Defesa e do Interior alertaram para terroristas que tentariam comprometer o processo eleitoral, e o governo anunciou que vai mobilizar dezenas de milhares de soldados e policiais no dia da votação.