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Premiê do Canadá anuncia que vai conceder poderes às agências de segurança

Parlamentares tratam sargento em armas como herói e prestam tributo a soldado morto

postado em 24/10/2014 06:05
Flores são deixadas no Memorial de Guerra Nacional para Nathan Cirillo, militar baleado nas costas por Michael Zehaf-Bibeau, em Ottawa
Após se dar conta de que o Canadá está vulnerável a ataques de jihadistas, o primeiro-ministro Stephen Harper decidiu fortalecer a segurança no país. O parlamento ; alvo de um atentado na manhã de quarta-feira que deixou dois mortos e três feridos ; reabriu, ontem, em meio a um clima de apreensão. Em sessão emocionante, o premiê assegurou que o seu governo pretende conceder mais poderes de detenção e de vigilância às agências de segurança. ;Posso garantir que esse trabalho já está em andamento;, adiantou Harper. A sede do Legislativo e o Memorial de Guerra Nacional foram palcos de homenagens a Kevin Vickers, o segurança de 58 anos que matou o atirador Michael Zehaf-Bibeau (leia nesta página), e a Nathan Cirillo, o soldado de 24 anos que não resistiu após ser baleado nas costas.


[SAIBAMAIS]Harper reforçou, ontem, o que tinha dito na véspera, ao garantir que o país não vai se intimidar com o atentado. ;Posso dizer a esta Casa que o objetivo dos ataques era instalar o medo em nosso país e interromper o funcionamento do governo;, declarou, em um pronunciamento aos parlamentares. ;Estaremos vigilantes, mas não vamos fugir com medo. Seremos prudentes, mas não entraremos em pânico;, acrescentou o chefe de governo. Harper indicou que o Canadá seguirá engajado na coalizão internacional contra o Estado Islâmico (EI). Pouco antes de a sessão começar, no momento em que o mandatário prestava homenagens a Cirillo, no memorial, as forças de segurança imobilizaram e prenderam um homem que cruzou a linha de isolamento montada dois dias atrás. Horas depois, as autoridades afirmaram tratar-se de um mendigo.

O sargento em armas Kevin Vickers ; responsável pela ordem dentro da sede do Legislativo canadense ; foi aplaudido de pé, durante vários minutos, pelos parlamentares. Ovacionado como herói, ele foi cumprimentado por Harper e fotografado ao lado do premiê. Os trabalhos do governo foram retomados depois de todos respeitarem um minuto de silêncio e de cantarem o Hino Nacional. Em Ottawa e em outras cidades do Canadá, bandeiras foram hasteadas a meio mastro. Senadores e deputados visitaram o Memorial de Guerra Nacional, onde Cirillo foi baleado antes de o atirador seguir para o parlamento. Alguns deles chegaram a se ajoelhar e a depositar flores no local.

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