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Supermercados são saqueados no México em protesto por desaparecidos

Dezenas de manifestantes miraram no comércio e exigiam o retorno dos estudantes, desaparecidos após um ataque de policiais e traficantes na cidade de Iguala

Agência France-Presse
postado em 25/10/2014 16:42
Dois supermercados do centro de Chilpancingo tiveram vidraças quebradas e prateleiras derrubadas

Chilpancingo
- Cerca de 200 jovens saquearam neste sábado (25/10) supermercados em Chilpancingo, capital do estado mexicano de Guerrero, em protesto pelo desaparecimento de 43 estudantes, que completa um mês neste domingo sem que tenha havido avanços para solucionar o caso.

Depois dos protestos dos últimos dias, que resultaram na destruição de prédios oficiais e no incêndio parcial da sede do governo estatal, dezenas de manifestantes miraram neste sábado no comércio e exigiam o retorno dos estudantes, desaparecidos após um ataque de policiais e traficantes na cidade de Iguala.

Dois supermercados do centro de Chilpancingo tiveram vidraças quebradas e prateleiras derrubadas, e estavam sendo protegidos pelo batalhão de choque.

Dezenas de manifestantes miraram no comércio e exigiam o retorno dos estudantes, desaparecidos após um ataque de policiais e traficantes na cidade de Iguala

Além de alimentos, alguns estudantes roubaram eletrônicos, enquanto outros escreviam "Tudo grátis" nas paredes dos estabelecimentos, que foram fechados, contaram funcionários.

Um grupo de professores apoiou a ação na porta de um supermercado, gritando palavras de ordem, indicou Tonantzin Beltrán, membro da Coordenadoria Estatal de Trabalhadores da Educação em Guerrero (Ceteg).

Dezenas de manifestantes miraram no comércio e exigiam o retorno dos estudantes, desaparecidos após um ataque de policiais e traficantes na cidade de Iguala

Ontem, parentes e amigos dos estudantes desaparecidos da escola rural de magistério manifestaram desconfiança em relação à investigação federal e criticaram o fato de serem vinculados "a grupos criminosos", depois que a procuradoria geral apontou que os universitários foram vítimas de uma confusão do cartel local Guerreros Unidos com um grupo rival na noite do ataque.

Um mês depois do crime, que causou comoção dentro e fora do México, autoridades continuavam as buscas ao prefeito foragido de Iguala, José Luis Abarca, acusado de ter ordenado o ataque por medo de que os estudantes sabotassem um evento público de sua mulher, também fugitiva e irmã de três narcotraficantes.

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