postado em 26/10/2014 05:30
A candidatura do ex-presidente uruguaio Tabaré Vázquez a um segundo mandato prometia ser uma empreitada tranquila, e a vitória nas urnas era vista como garantida, na votação de hoje. Os avanços econômicos e sociais alcançados com os 10 anos de governo da Frente Ampla ; à qual pertencem o candidato e o atual presidente, José ;Pepe; Mujica ; pareciam conduzir a coalizão de frente esquerda a mais cinco anos no poder. Mas, às vésperas das votações, a corrida presidencial se mostrou um desafio maior que o planejado. Pesquisas de intenção de voto indicam que a Frente Ampla dificilmente conseguirá a maioria parlamentar de que desfruta atualmente. E a crescente popularidade do principal desafiante, o jovem Luis Lacalle Pou, se apresenta como ameaça real à permanência da esquerda à frente do governo.
Se as pesquisas de opinião se confirmarem, Vázquez conseguirá algo em torno de 43% e 46% dos votos. Lacalle Pou, do Partido Nacional (blanco), apareceu timidamente e encabeçou uma campanha surpreendente. Deve ficar em segundo lugar, com algo entre 31% e 33,4% dos votos. O terceiro colocado, Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, surge nas sondagens com cerca de 15%.
A eleição no país vizinho parece seguir a polarização da campanha brasileira. Em caso de segundo turno, a expectativa é de que blancos e colorados se unam para derrubar a esquerda. ;Há uma tendência que indica que pode haver uma confluência do eleitorado;, analisa Fernando Romero Wimer, professor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). ;No entanto, são eleitores heterogêneos, e o segundo turno não pode considerar uma simples soma do eleitorado de direita.;
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