Agência France-Presse
postado em 26/10/2014 12:56
KIEV - Os ucranianos foram às urnas neste domingo (26/10) para votar em eleições legislativas antecipadas em que os partidos pró-ocidentais no poder são favoritos.
As pesquisas de boca de urna indicam que a maioria dos ucranianos apoia as reformas econômicas e democráticas, em especial a luta contra a corrupção, que levem finalmente a uma integração à União Europeia.
A participação se apresentava moderada e até o início da tarde, apenas 20,3% dos ucranianos haviam votado, em comparação com os 24,6 % de 2012, segundo números parciais da comissão eleitoral.
A votação até o momento ocorre sem incidentes, com exceção do ocorrido na região de Kirovograde, centro do país, onde três conhecidos candidatos do bloco governamental foram agredidos a pedradas quando gravavam em vídeo uma tentativa de compra de votos.
O presidente Petro Poroshenko aproveitou para visitar a cidade de Kramatorsk, retomada pelas forças ucranianas no leste separatista pró-russo, que boicota as eleições.
"Chegando em Donbass", região mineradora que inclui as zonas rebeldes de Donetsk e Lugansk, escreveu o presidente em sua conta no Twitter, publicando uma foto a bordo de um helicóptero militar.
Ele visitou um colégio eleitoral em Kramatorsk e conversou com soldados ucranianos.
"O serviço de vocês à Ucrânia é uma conquista. Para mim e para milhões de ucranianos vocês são heróis a quem devemos nossas vidas pacíficas", disse ele aos soldados.
A esposa do presidente, Marina Poroshenko, votou sozinha em um colégio no centro de Kiev, explicando à imprensa que Poroshenko estava em Donbass "para controlar o processo de votação", organizado nos territórios controlados pelas forças ucranianas, de acordo com um comunicado da presidência.
A campanha eleitoral terminou na sexta-feira sem grande comício ou manifestação, ofuscada pela guerra que causou mais de 3.700 mortos desde abril e forçou mais de 800 mil pessoas a fugir de suas casas.
Mas no último discurso antes da votação, Poroshenko disse no sábado que a eleição pode "completar a transferência de poder", iniciada com os protestos pró-ocidentais de fevereiro passado, que obrigaram o então presidente, o pró-russo Viktor Yanukovich, a fugir do país.
"Verão que este será um novo Parlamento por completo", disse o chefe de Estado ucraniano, que defendeu um legislativo de reformas, sem corrupção, pró-ucraniano e pró-europeu, "não pro-soviético".
O movimento do presidente lidera as pesquisas com mais de 30% das intenções de votos, seguido por outras formações pró-ocidentais. Ele espera alcançar com essas eleições "uma maioria constitucional" para permitir a realização de reformas vitais para este país muito corrupto e em profunda recessão, agravada pelo conflito armado.
Embora tudo indique que o bloco de Poroshenko vencerá as eleições, provavelmente ele terá de formar uma coalizão com os nacionalistas da linha dura caso não obtiver a maioria absoluta no Parlamento.
Pela primeira vez na história da Ucrânia pós-soviética, o Parlamento deve ser dominado por pró-ocidentais em razão do aumento de sentimentos anti-russos.
Duas formações herdeiras do Partido das Regiões, do presidente deposto Yanukovitch, a Ucrânia Forte e Bloco de Oposição, poderiam alcançar os 5% necessários para entrar no Parlamento, mas os comunistas podem nem chegar a ser representados.
A nova Assembleia incluirá, em contrapartida, ativistas da sociedade civil envolvidos na contestação de Maidan, bem como voluntários que lutaram no leste e querem fazer ouvir "a voz do front" no Parlamento.
Após as eleições, a primeira tarefa do chefe de Estado será construir uma coligação forte, capaz de adotar duras medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais da Ucrânia, o FMI e Bruxelas à frente.
No total, cerca de cinco milhões de eleitores, de um total de 36 milhões no país, não poderão votar domingo na Crimeia, anexada à Rússia em março, e nas áreas controladas pelos separatistas na região mineradora de Donbass. Vinte e sete assentos parlamentares dos 450 que compõem o Verkhovna Rada, o Parlamento ucraniano, permanecerão vazios.
O processo de paz iniciado pelo presidente não foi suficiente para parar completamente os combates, e os separatistas, que controlam partes das regiões de Donetsk e Lugansk, se preparam para realizar as suas próprias eleições em 2 de novembro.
Um cessar-fogo foi alcançado no início de setembro entre Kiev e os rebeldes, com a participação da Rússia, mas intensos combates prosseguem em alguns redutos de resistência, provocando a morte de civis quase diariamente.
Os combates se concentraram na área do aeroporto, um dos principais pontos de acesso da linha de frente, e os insurgentes, bem como as autoridades de Kiev, manifestaram temores de hostilidades com as eleições.
As pesquisas de boca de urna indicam que a maioria dos ucranianos apoia as reformas econômicas e democráticas, em especial a luta contra a corrupção, que levem finalmente a uma integração à União Europeia.
A participação se apresentava moderada e até o início da tarde, apenas 20,3% dos ucranianos haviam votado, em comparação com os 24,6 % de 2012, segundo números parciais da comissão eleitoral.
A votação até o momento ocorre sem incidentes, com exceção do ocorrido na região de Kirovograde, centro do país, onde três conhecidos candidatos do bloco governamental foram agredidos a pedradas quando gravavam em vídeo uma tentativa de compra de votos.
O presidente Petro Poroshenko aproveitou para visitar a cidade de Kramatorsk, retomada pelas forças ucranianas no leste separatista pró-russo, que boicota as eleições.
"Chegando em Donbass", região mineradora que inclui as zonas rebeldes de Donetsk e Lugansk, escreveu o presidente em sua conta no Twitter, publicando uma foto a bordo de um helicóptero militar.
Ele visitou um colégio eleitoral em Kramatorsk e conversou com soldados ucranianos.
"O serviço de vocês à Ucrânia é uma conquista. Para mim e para milhões de ucranianos vocês são heróis a quem devemos nossas vidas pacíficas", disse ele aos soldados.
A esposa do presidente, Marina Poroshenko, votou sozinha em um colégio no centro de Kiev, explicando à imprensa que Poroshenko estava em Donbass "para controlar o processo de votação", organizado nos territórios controlados pelas forças ucranianas, de acordo com um comunicado da presidência.
A campanha eleitoral terminou na sexta-feira sem grande comício ou manifestação, ofuscada pela guerra que causou mais de 3.700 mortos desde abril e forçou mais de 800 mil pessoas a fugir de suas casas.
Mas no último discurso antes da votação, Poroshenko disse no sábado que a eleição pode "completar a transferência de poder", iniciada com os protestos pró-ocidentais de fevereiro passado, que obrigaram o então presidente, o pró-russo Viktor Yanukovich, a fugir do país.
"Verão que este será um novo Parlamento por completo", disse o chefe de Estado ucraniano, que defendeu um legislativo de reformas, sem corrupção, pró-ucraniano e pró-europeu, "não pro-soviético".
O movimento do presidente lidera as pesquisas com mais de 30% das intenções de votos, seguido por outras formações pró-ocidentais. Ele espera alcançar com essas eleições "uma maioria constitucional" para permitir a realização de reformas vitais para este país muito corrupto e em profunda recessão, agravada pelo conflito armado.
Embora tudo indique que o bloco de Poroshenko vencerá as eleições, provavelmente ele terá de formar uma coalizão com os nacionalistas da linha dura caso não obtiver a maioria absoluta no Parlamento.
Pela primeira vez na história da Ucrânia pós-soviética, o Parlamento deve ser dominado por pró-ocidentais em razão do aumento de sentimentos anti-russos.
Duas formações herdeiras do Partido das Regiões, do presidente deposto Yanukovitch, a Ucrânia Forte e Bloco de Oposição, poderiam alcançar os 5% necessários para entrar no Parlamento, mas os comunistas podem nem chegar a ser representados.
A nova Assembleia incluirá, em contrapartida, ativistas da sociedade civil envolvidos na contestação de Maidan, bem como voluntários que lutaram no leste e querem fazer ouvir "a voz do front" no Parlamento.
Após as eleições, a primeira tarefa do chefe de Estado será construir uma coligação forte, capaz de adotar duras medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais da Ucrânia, o FMI e Bruxelas à frente.
No total, cerca de cinco milhões de eleitores, de um total de 36 milhões no país, não poderão votar domingo na Crimeia, anexada à Rússia em março, e nas áreas controladas pelos separatistas na região mineradora de Donbass. Vinte e sete assentos parlamentares dos 450 que compõem o Verkhovna Rada, o Parlamento ucraniano, permanecerão vazios.
O processo de paz iniciado pelo presidente não foi suficiente para parar completamente os combates, e os separatistas, que controlam partes das regiões de Donetsk e Lugansk, se preparam para realizar as suas próprias eleições em 2 de novembro.
Um cessar-fogo foi alcançado no início de setembro entre Kiev e os rebeldes, com a participação da Rússia, mas intensos combates prosseguem em alguns redutos de resistência, provocando a morte de civis quase diariamente.
Os combates se concentraram na área do aeroporto, um dos principais pontos de acesso da linha de frente, e os insurgentes, bem como as autoridades de Kiev, manifestaram temores de hostilidades com as eleições.