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Atentados matam 24 pessoas no Iraque, entre eles 19 peregrinos xiitas

Os ataques tiveram como principal alvo os peregrinos xiitas que se preparam para a importante celebração religiosa da Ashura

Agência France-Presse
postado em 02/11/2014 18:45
Bagda - Pelo menos 24 pessoas morreram neste domingo, em Bagdá, em três atentados com carro-bomba - anunciaram autoridades médicas e de segurança, acrescentando que 19 eram peregrinos xiitas. Os ataques tiveram como principal alvo os peregrinos xiitas que se preparam para a importante celebração religiosa da Ashura.

[SAIBAMAIS]A primeira explosão aconteceu no bairro de Al-Ilam, no sudoeste da capital, perto de uma barraca onde vários fiéis estavam reunidos antes da grande festa. Pelo menos 13 pessoas morreram. Em Sadr City, um bairro xiita do nordeste de Bagdá, seis pessoas morreram, e 19 ficaram feridas em um segundo atentado com carro-bomba, também contra uma barraca de peregrinos - disseram fontes de segurança.

Em um ponto de controle da polícia, no centro de Bagdá, outro ataque com carro-bomba matou cinco pessoas e deixou 17 feridos. Centenas de milhares de peregrinos xiitas estão a caminho de Kerbala para esta cerimônia, que comemora a morte, em 680, do imã Hussein - uma das principais figuras do xiismo.

Por ocasião da Ashura, os jihadistas sunitas costumam aumentar os ataques contra os xiitas. Este ano, a ameaça é potencialmente maior, já que os jihadistas do Estado Islâmico (EI) conquistaram parte do território iraquiano, incluindo zonas próximas à estrada que liga Bagdá a Kerbala.

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A peregrinação é uma prova de fogo para o novo governo do primeiro-ministro Haidar al-Abadi e para as forças de segurança, que lutam para reconquistar o terreno perdido para os jihadistas em 2014.

A segurança foi reforçada em Bagdá e Kerbala, com mais de 25 mil soldados e policiais, além de 1.500 voluntários das milícias xiitas espalhados pela estrada e na cidade santa - informou o comandante Othman al-Ghanimi. Um ataque de envergadura em Kerbala, lugar do mausoléu do imã Hussein, poderia agravar ainda mais as tensões no Iraque entre a maioria xiita e a minoria sunita.

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