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Polícias de Austrália e GB fazem acordo para compartilhar dados de DNA

O acordo vai permitir que a polícia britânica procure por perfis de DNA da Austrália e vice-versa

Agência France-Presse
postado em 06/11/2014 14:54
Sydney - As polícias australiana e britânica assinaram nesta quinta-feira (6/11) um acordo que permitirá a troca de informações de seus bancos de dados de DNA, parte de um esforço internacional para combater crimes graves como terrorismo, estupro e assassinato.

O ministro da justiça da Austrália, Michael Keenan, que assinou o acordo com o ministro da segurança e imigração da Grã-Bretanha, James Brokenshire, disse que o acordo de troca é parte de um programa piloto envolvendo as duas nações, além dos Estados Unidos e do Canadá.

"A natureza interconectada do mundo de hoje criou um ambiente de ameaça criminosa sem fronteiras", disse Keenan em um comunicado. "A assinatura desse documento de apoio mostra o comprometimento da Austrália com a cooperação internacional de aplicação das leis, que é de suma importância para a segurança global", acrescentou.

O acordo vai permitir que a polícia britânica procure por perfis de DNA da Austrália e vice-versa. O ministro Keenan disse que a polícia federal australiana já ajudou oficiais britânicos na investigação de um caso arquivado em que estavam à procura de novas oportunidade de troca de dados como DNA e biométricos fora de suas fronteiras.



O ministro da justiça disse em uma conferência nessa semana que dados biológicos coletados por agências americanas ajudaram a identificar um assassino australiano em um ataque com drones no Iêmen no ano passado. "Nesse caso, uma amostra de DNA fornecida por agências internacionais foi cruzada com uma amostra das autoridades de polícia australianas." Keenan disse ao jornal The Australian.

A agência do governo CrimTrac gerencia o Banco de Dados de Investigação Criminal de DNA, que ajuda a polícia australiana a cruzar informações de DNA coletados por autoridades de diferentes estados e territórios. Esse banco de dados conseguiu o recorde de mais de 700.000 perfis de DNA desde janeiro de 2013, segundo a CrimTrac. A Austrália assinou o documento da Interpol de 2011 que permite o acesso ao banco de dados de DNA dessa agência de polícia.

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