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Hollande desistirá da reeleição em 2017, se desemprego não cair

Presidente Francês disse que até lá, continuará reformando o país e tornando-o mais forte

Agência France-Presse
postado em 06/11/2014 18:37
Paris - O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta quinta-feira (6/11) que desistirá de sua candidatura a um segundo mandato, em 2017, se o índice de desemprego não recuar na França.

"Se não conseguir (que o desemprego diminua) até o final do meu mandato, acham que vou me apresentar diante dos franceses, que seriam implacáveis e teriam razão?" - disse o presidente em entrevista a uma emissora local.

Até lá, "continuarei reformando meu país, tornando-o mais forte", prometeu Hollande.

O presidente admitiu que "pode ter cometido erros", em particular sobre o desemprego, que havia planejado obter "uma inversão da curva" em 2013.

"Admito que isto era uma esperança para muitos, principalmente para os desempregados", disse o chefe de Estado em entrevista ao canal TF1.

Hollande afirmou que "todas as reformas empreendidas na França" foram decididas por ele mesmo, destacando que o primeiro-ministro Manuel Valls apenas "aplica a política" que o presidente "fixa para a Nação".


Manuel Valls é acusado pela ala esquerda do Partido Socialista de pender para o lado "social liberal".

Com o crescimento estancado e um desemprego que não para de crescer, o balanço de meio de mandato de Hollande não é bom, e o giro liberal dado a sua política econômica é criticado até pelo próprio partido socialista.

Hollande, que é reprovado pela pressão fiscal sobre as famílias francesas, anunciou que não haverá aumentos de impostos a partir de 2015 e até o final de seu mandato. "A partir do próximo ano, não teremos impostos suplementares para ninguém".

Paro justificar os aumentos de impostos aplicados até o momento, Hollande alegou a necessidade de se reduzir o déficit público.

Finalmente, o presidente se disse favorável à candidatura de Paris aos Jogos Olímpicos de 2024.

"A França é capaz de grandes acontecimentos, grandes obras", disse Hollande, citando a recente reabertura do Museu Picasso de Paris e a organização da Eurocopa de futebol em 2016.

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