Agência France-Presse
postado em 08/11/2014 17:52
Uagadugu - Os representantes do Exército de Burkina Faso deixaram, neste sábado, a sala de negociações sobre o futuro da transição civil no país, apenas meia hora depois do início da reunião, realizada em Uagadugu."As contingências operacionais não nos permitiram encontrar tempo", disse aos jornalistas o coronel Auguste Denise Barry, ao deixar a sala, acrescentando que apareceu apenas para "encorajar" os trabalhos.
[SAIBAMAIS]O coronel Barry é o braço direito do tenente-coronel Isaac Zida, designado pelo Exército para conduzir a transição nacional, após a queda do então presidente Blaise Compaoré.
Os delegados da oposição, da sociedade civil e chefes tradicionais e religiosos de Burkina Faso retomaram os debates, depois que os militares se retiraram.
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As negociações sobre uma "carta da transição" têm como objetivo definir os parâmetros dos futuros poderes civis provisórios - Executivo e Legislativo. Eles vão governar o país durante um ano até a realização de eleições (presidencial e legislativas), previstas para acontecer no máximo até novembro de 2015.
O documento deverá ser apresentado aos mediadores da ONU, da União Africana e da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental, "na terça, ou quarta-feira", completou o coronel Barry.