Agência France-Presse
postado em 09/11/2014 17:50
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viajou neste domingo para a Ásia, em uma viagem que inclui China, Mianmar e Austrália, onde participará das cúpulas da Apec, da Asean e do G20, respectivamente.Obama deixou os EUA pouco antes da 1h30 (4h30, no horário de Brasília), com destino a Pequim, primeira etapa do giro asiático de oito dias. Na China, o presidente americano participará do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec, na sigla em inglês).
Depois, segue para Naypyidaw, a capital de Mianmar, para assistir à cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês). Na última escala, Brisbane, na Austrália, Obama participa da reunião do G20.
[SAIBAMAIS]
Obama viaja acompanhado de sua conselheira de Segurança Nacional, Susan Rice, entre outros assessores.
A parte chinesa da viagem será dominada pelo encontro com o presidente Xi Jinping, em Pequim, do qual a Casa Branca disse esperar "conversas sinceras e profundas".
Classificadas como as "mais relevantes" no mundo hoje pelo secretário de Estado americano, John Kerry, as relações entre as duas potências foram estremecidas pelas tensões no Mar da China Meridional, pelas acusações mútuas de ciberespionagem e por questões de direitos humanos.
Em Mianmar, Obama se reunirá com o presidente birmanês, Thein Sein, e com o ícone da oposição, a ativista Aung San Suu Kyi.
Washington busca normalizar as relações com Mianmar, após as reformas feitas no país que levaram à retirada das sanções impostas pela junta militar. A Casa Branca declarou estar comprometida com a reforma democrática no território.
"Vamos ressaltar o compromisso dos Estados Unidos com a proteção dos direitos humanos, com a tolerância e com o pluralismo, assim como com a manutenção e com o aprofundamento da transição democrática", antecipou Susan Rice.
Já em Brisbane, Obama poderá se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, para conversar sobre a crise na Ucrânia.
A Coreia do Norte também poderá estar entre os temas da agenda de Barack Obama, já que os últimos presos americanos nesse país voltaram para casa no sábado.
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A viagem começa após uma semana difícil para Obama, com a fragorosa derrota democrata nas eleições de meio de mandato realizadas na última terça, 4 de novembro.
Após perder o controle do Senado, ficando sem maioria em ambas as Casas do Congresso, Obama terá de convencer seus sócios internacionais de que consegue se manter firme em casa. Também precisará convencer os países asiáticos a manter boas relações diplomáticas na região, que tem crises abertas no Iraque, na Síria e na Ucrânia.