México - O procurador-geral mexicano, Jesús Murillo Karam, minimizou as esperanças de se identificar os restos humanos que seriam dos 43 estudantes desaparecidos, admitindo que apenas dois ossos poderão ser úteis para os testes de DNA.
Peritos especializados que já viram os restos mortais para saber se estão em condições de análise "disseram que dois têm possibilidade, dois restos, apenas uma rótula e outro pedaço de osso", disse Murillo Karam à emissora Televisa. Os restos encontrados no estado de Guerrero (sul do país) estavam desintegrados, descreveu.
O procurador explicou que não há uma data para que o Laboratório da Universidade de Innsbruck, na Áustria, entregue um relatório sobre sua análise. "Esse laboratório nos deu uma possibilidade (de identificá-los). Não nos disse que, ;sim, podia;, mas nos deu uma possibilidade", admitiu.
Na última sexta-feira (7/11), Karam informou que três membros de um cartel narcotraficante declararam que os 43 estudantes desaparecidos em 26 de setembro, em Iguala (Guerrero), foram assassinados. Em seguida, seus corpos foram incinerados por mais de 14 horas.
Segundo os bandidos presos, por ordem de um superior, as cinzas e os restos mortais foram colocados em sacos de lixo e lançados em um rio.
Apenas um desses sacos foi encontrado ainda fechado pelos investigadores, que também conseguiram achar alguns restos no lixão da localidade de Cocula, vizinha a Iguala, onde a chacina teria sido cometida.
Os corpos foram queimados com combustível e pneus, a uma temperatura de 1.600;C, detalhou o procurador.