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Jihadistas já executaram 1.500 pessoas na Síria em cinco meses

Das pessoas decapitadas ou vítimas de fuzilamentos em grupo, 879 eram civis, sendo 700 pertencentes aos Shaitat, tribo originária da província de Deir Ezzor

Agência France-Presse
postado em 17/11/2014 11:48
Beirute - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou quase 1.500 pessoas na Síria desde que proclamou o início de seu "califado" há cinco meses, anunciou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Documentamos a execução de 1.429 pessoas desde que o EI anunciou seu ;califado; em junho", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor da ONG, que tem uma ampla rede de fontes em todo o território sírio.

"Das pessoas decapitadas ou vítimas de fuzilamentos em grupo, 879 eram civis, sendo 700 pertencentes aos Shaitat, tribo originária da província de Deir Ezzor, sunita assim como o EI, que se rebelou contra este grupo em meados de 2014.

Outras 63 vítimas pertenciam a outros grupos rebeldes ou aos rivais imediatos do EI na Síria, os jihadistas da Frente Al-Nusra que lutam contra o Estado Islâmico nas regiões norte e leste do país, informou Rahman.



"Além disso, 483 eram soldados do regime de Bashar al-Assad e quatro integrantes do próprio EI acusados de corrupção e outros supostos crimes", disse o diretor do OSDH.

O grupo Estado Islâmico executou muitos integrantes das tropas leais a Damasco com atos de decapitação. Os corpos foram exibidos em locais públicos para "espalhar o terror entre os civis e naqueles que ousam combater os jihadistas", afirmou Abdel Rahman.

"O outro objetivo do EI é "aterrorizar a comunidade internacional, ao mesmo tempo que atrai jihadistas de todo o mundo", afirmou à AFP.

O grupo, que era vinculado à Al-Qaeda na Síria, conseguiu assumir o controle de amplas faixas de território na Síria e no Iraque.

Caracterizado pela brutalidade de seus métodos, que vão de estupros e sequestros a assassinatos em massa e limpeza étnica, o EI foi acusado pela ONU de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Os ativistas sírios acreditam que atualmente o EI mantém centenas de pessoas como reféns.

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