Agência France-Presse
postado em 19/11/2014 07:40
O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta terça-feira (19/11) examinar o projeto mais ambicioso de reforma do programa de vigilância americano desde as revelações de Edward Snowden, em 2013, apesar do apoio do presidente Barack Obama e dos defensores das liberdades individuais.A chamada USA Freedom Act - apoiada por grupos do Vale do Silício e grandes empresas de tecnologia - representa um importante esforço para reformar a Agência Nacional de Segurança (NSA), após as revelações sobre os "grampos" do governo contra milhões de pessoas realizadas por Snowden.
A proposta para a análise da reforma obteve apenas 58 votos sobre 100, ficando abaixo dos 60 votos necessários para sua inclusão na ordem do dia do Senado, o que abriria o debate. Quase todos os republicanos votaram contra e o fracasso deve adiar para 2015 qualquer discussão sobre a reforma.
A reforma visa limitar a ação da NSA, cujo programa clandestino "grampeou" milhões de cidadãos - nos EUA e no exterior - para combater a ameaça terrorista.
A lei prevê a criação de uma autoridade que poderá monitorar os registros de companhias telefônicas apenas em casos específicos. "Obviamente estou decepcionado com a votação de hoje", disse o patrocinador da lei, senador Patrick Leahy, que prometeu não abandonar a luta.
A legislação pretende modificar de forma crucial o Patriot Act, aprovado após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, ao incluir um painel de ativistas para defender as liberdades civis dentro do Tribunal.