Tegucigalpa - Os corpos da Miss Honduras, Maria José Alvarado, de 19 anos, e de sua irmã, Sofía Trinidad Hernandez, foram encontrados nas margens de um rio no oeste do país e o autor do crime foi preso, informou o chefe da polícia local, Leandro Osorio
"Podemos confirmar que são os corpos das duas jovens", indicou o oficial, acrescentando que o assassino é Plutarco Ruiz, namorado de Sofia Trinidad.
"Sem dúvida alguma, sabemos que Plutarco Antonio Ruiz e Aris Maldonado Mejía são os responsáveis; pensamos que Plutarco é o autor material e intelectual", confirmou o ministro da Segurança, Arturo Corrales. O crime foi cometido na noite de quinta-feira da semana passada.
Maria José e sua irmã desapareceram depois de participarem de uma festa de aniversário em um balneário perto da cidade de Santa Barbara, 200 km ao noroeste da capital. A polícia investiga a hipótese de Ruiz ter atirado em Sofía Trinidad por ciúmes, após vê-la dançando com outro homem, segundo o jornal La Prensa.
De acordo com o jornal, Ruiz também atirou em Maria José, duas vezes pelas costas, quando a jovem tentava fugir. Maria José, conhecida por seu trabalho como modelo no programa X-0, do Canal 5 de Honduras, deveria viajar para Londres na quarta-feira para o concurso de Miss Mundo, mas seu desaparecimento impediu a participação do país.
Honduras tem a maior taxa de homicídios do mundo, 79 para cada 100 mil pessoas, segundo o Observatório da Violência da Universidade Nacional. No sábado, a mãe das jovens, Teresa Muñoz, apresentou uma queixa pelo desaparecimento de suas filhas à polícia de Santa Barbara.
Osorio explicou que os corpos foram encontrados na área da aldeia de Cablotal, no município de Arada, Santa Barbara, às margens do rio Aguagual. "Temos o autor deste crime hediondo, o Sr. Plutarco Ruiz. Com ele encontramos a arma do crime e o veículo utilizado para transportar os corpos", ressaltou.
Osorio acredita que há mais pessoas envolvidas no crime, que teriam tentado limpar a cena e que estão sendo investigados. Ele ressaltou que "as unidades de investigação do Estado criaram uma frente comum para lidar com o crime abominável, que causou comoção em todo o país" e que os corpos ainda não haviam sido removidos.
O Centro de Direitos das Mulheres (CDM) condenou o assassinato lembrando que outras 328 mulheres foram mortas em Honduras desde o início de 2014.
"Este caso evidencia a situação de violência generalizada contra as mulheres e a ausência de resposta do Estado de Honduras para prevenir, investigar e punir tais crimes".