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Granja no sul da Holanda registra segundo caso de gripe aviária

Último caso foi detectado em três galpões com 43 mil aves em uma granja em Ter Aar, a leste de Haia

Haia - Autoridades holandesas detectaram um segundo caso de gripe das aves em uma granja do sul da Holanda, informaram fontes oficiais nesta quinta-feira (20/11), sem conseguir definir se a cepa era da variedade altamente contagiosa descoberta no começo da semana.

O último caso foi detectado em três galpões com 43 mil aves em uma granja em Ter Aar, a leste de Haia, informou a organização holandesa de vigilância de alimentos e segurança NVWA.

O surto foi da cepa H5, mas "não está claro se era da variedade altamente patogênica ou não", acrescentou o ministério de assuntos econômicos holandês, em uma carta enviada nesta quinta-feira (20/11) ao parlamento.

"Resultados preliminares são aguardados no fim do dia de amanhã (sexta-feira)", prosseguiu. A poderosa indústria aviária holandesa foi paralisada pela segunda vez esta semana, após uma proibição nacional ao transporte de todas as aves e produtos derivados a partir das 14h00 (11h00 de Brasília) desta quinta-feira (21/11).

A proibição vai durar até 72 horas. As autoridades também montaram um cordão de isolamento de 10 quilômetros em volta da granja e quatro outras foram submetidas a teste para detectar a gripe aviária. As aves estão sendo sacrificadas e a granja, desinfetada, acrescentou o NVWA.

No domingo, as autoridades holandesas tinham banido inicialmente o transporte de aves ao redor da Holanda, após a descoberta de uma cepa altamente infecciosa de gripe aviária depois de surtos de cepas similares do vírus em Grã-Bretanha e Alemanha.

Cerca de 150 mil aves foram sacrificadas em uma granja em Hekendorp, que fica cerca de 25 km a sudeste de Ter Aar. As autoridades identificaram a gripe como sendo da cepa H5N8, antes detectada apenas na Ásia.

Algumas cepas de gripe das aves são fatais para as aves e representam uma ameaça sanitária para as pessoas, que podem adoecer ao manipular aves infectadas. Mas as autoridades holandesas disseram que a infecção humana só pode ocorrer depois de "contato intenso e direto" com aves infectadas.

A cepa H5N1 da gripe das aves matou mais de 400 pessoas, a maioria no sudeste asiático, desde que apareceu pela primeira vez, em 2003. Outra cepa de gripe aviária, a H7N9, matou mais de 170 pessoas desde que apareceu, em 2013.



A cepa H7N7, da gripe das aves, afetou duramente a Holanda em 2003 e autoridades sanitárias sacrificaram cerca de 30 milhões de aves em um esforço para acabar com um surto.

A Holanda tem cerca de 95 milhões de aves em granjas e a exportação de ovos somou 10,6 bilhões de euros (US$ 13,2 bilhões) em 2011, de acordo com as últimas estatísticas holandesas.