Depois de estagnada no Congresso, a reforma do sistema migratório dos Estados Unidos ; apresentada na noite de quinta-feira pelo presidente, Barack Obama, por meio de ordem executiva ; foi mal recebida pela oposição. A partir de 2015, os republicanos terão maioria em ambas as casas do Legislativo. ;Com essa ação, (Obama) se recusou a ouvir o povo;, declarou, ontem, o republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Deputados, que alertar sobre o risco de a iniciativa inviabilizar a cooperação bipartidária. Apesar de Boehner ter garantido que o partido ;não ficará de braços cruzados;, líderes da legenda temem que a ala mais conservadora, o Tea Party, espante eleitores imigrantes na corrida à Casa Branca, em 2016.
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A expectativa é de que cerca de 5 milhões de imigrantes sejam beneficiados com a reforma ; eleitorado crucial para que o Partido Republicano retorne ao controle do Executivo. O receio dos congressistas se baseia em uma análise oficial da legenda que evidencia o malogro da campanha de 2012, quando o candidato Mitt Romney, adversário de Obama na ocasião, chegou a sugerir a latinos ilegais que se ;autodeportassem;. ;Se os hispânicos pensam que nós não queremos eles aqui, eles vão fechar os ouvidos para as nossas políticas;, conclui o relatório. De acordo com o jornal local The New York Times, os republicanos acreditam que um dos maiores desafios é eles se estabelecerem como ;uma oposição que não entre em choque com latinos e outros grupos minoritários, como os asiáticos-americanos;.
Boehner, contudo, não apresentou detalhes de como seria a resposta da oposição à ordem executiva de Obama, considerada um abuso da autoridade presidencial. O Partido Republicano avalia como vai proceder para não correr perigo de perder o eleitorado latino. ;Nos dias à frente, a Câmara vai enfrentar o desafio;, indicou. Segundo o jornal The Wall Street Journal, Boehner e Obama protagonizaram, por telefone, uma conversa acalorada, momentos antes de o chefe da Casa Branca se dirigir à população para anunciar a reforma. Em um claro sinal de tensão, o deputado republicano Michael McCaul classificou a medida de ;inconstitucional;.
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