Agência France-Presse
postado em 23/11/2014 10:54
Jerusalém - O governo de Israel vota neste domingo uma polêmica proposta para reforçar o caráter judeu do Estado de Israel em detrimento de seu caráter democrático.[SAIBAMAIS]Se a proposta prosperar, as chamadas Leis Fundamentais de Israel, que formam a constituição israelense, definirão o país como "o lar nacional do povo judeu", e não como um Estado "judeu e democrático", como ocorre até agora.
As vozes críticas, incluindo o principal assessor legal do governo, consideram que esta nova definição terá efeitos legais e discriminará os 1,7 milhão de cidadãos árabes que vivem no país.
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Se a proposta avançar, significará "a institucionalização do racismo, que já é uma realidade nas ruas, tanto na lei como no coração do sistema legal", adverte Majd Kayyal, membro do Adalá, uma organização de defesa da minoria árabe em Israel.
O procurador-geral israelense, Yehyda Weinstein, principal assessor legal do governo, também criticou a medida, impulsionada pelo partido de extrema-direita Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A minoria árabe de Israel, que representa 20% da população, é descendente dos palestinos que ficaram em suas terras após a criação de Israel, em 1948.