Luisa Ikemoto
postado em 25/11/2014 00:25
O júri decidiu não indiciar o oficial Darren Wilson pela morte de Michael Brown, de 18 anos. O jovem estava desarmado e foi atingido por um tiro em St. Louis, subúrbio de Ferguson, estado de Missouri, nos Estados Unidos. O veredicto foi proferido no início da madrugada desta terça-feira (25/11) e logo deu combustível para protestos violentos na cidade. As emissoras de televisão dividiam a tela da transmissão ao vivo: de um lado, bombas de gás e trocas de tiros na comunidade; de outro, o presidente Obama, na Casa Branca, pedindo que a população mantivesse a calma.
O caso de forte teor racial, em que o policial branco matou o jovem negro em agosto, provocou semanas de violência na cidade, motivo pelo qual o governador do estado declarou estado de emergência, e chegou a mobilizar a Guarda Nacional nesta semana. O presidente Barack Obama voltou a se pronunciar após o veredicto e pediu que a população respeitasse a descisão judicial.
O estudante do Ensino Médio Michael Brown morreu após receber seis tiros de Wilson. Seu corpo ficou por horas estirado na rua. Manifestantes se queixaram do uso da força policial durante os protestos pacíficos.
Após o resultado do julgamento, a família de Michael Brown divulgou uma nota através dos advogados, segundo o Huffington Post e o The New York Times. Confira a versão traduzida:
"Nós estamos profundamente desapontados que o assassino do nosso filho não terá que enfrentar as consequências de suas ações.
Nós entendemos que muitos compartilham da nossa dor, mas pedimos que canalizem sua frustração em formas de fazer uma mudança positiva. Nós precisamos trabalhar juntos para consertar o sistema que permitiu que isso acontecesse.
Juntem-se a nossa campanha para garantir que cada policial trabalhando nas ruas deste país tenha que usar uma câmera.
Nós respeitosamente pedimos que mantenham os protestos pacíficos. Combater violência com violência não é a reação apropriada.
Não vamos apenas fazer barulho, vamos fazer a diferença."