Agência France-Presse
postado em 25/11/2014 21:28
Los Angeles - Celebridades do cinema e estrelas do esporte expressaram sua frustração e comoção diante dos protestos violentos em Ferguson, no Missouri, após a decisão de um Grande Juri de não julgar um policial branco pela morte de um jovem negro desarmado.O lendário jogador de basquete Magic Johnson, hoje aposentado, disse em sua conta do Twitter que está "muito decepcionado com a decisão do caso de Michael Brown".
"Temos que trabalhar juntos para deter a perda desnecessária de jovens negros. A justiça não foi feita em Ferguson", afirmou.
Já o astro da equipe de basquete do Lakers de Los Angeles, Kobe Bryant, disse que "o sistema permite matar jovens negros acima dos termos da lei".
Serena Williams, estrela do tênis, declarou que é simplesmente vergonhoso. "O que mais é necessário?" - indagou.
O mundo do entretenimento e do espetáculo também se manifestou. O crítico e cineasta Spike Lee publicou uma foto do adolescente assassinado com a legenda "Somos Mike Brown".
Macklemore, rapper vencedor do Grammy, afirmou que "o sistema que infunde e protege a supremacia branca ganha de novo. A humanidade perde. Não há justiça. Rezo por Mike Brown e sua família. É tão triste".
A cantora pop Katy Perry, em turnê pela Austrália, tuitou: "estou me sentindo agredida por todo caminho até aqui em Sydney vendo as notícias deste momento. Envio minhas orações a Ferguson e oro por uma América igualitária".
"Tenho o coração destroçado com as notícias de Ferguson. Vamos todos orar pela paz", disse o músico Pharrel Williams, autor de "Happy".
O comediante Chris Rock citou a ativista de direitos civis W.E.B. Du Bois, afirmando que "o sistema não pode falhar com aqueles que nunca teve a intenção de proteger".
A cantora e atriz Cher diz ter um problema "com a decisão de não levar a julgamento o policial que matou um jovem perto de Saint Louis", mas acrescentou: "havendo dito isso, a violência não é a resposta. Eu voto por mudanças de leis. Deve haver uma mudança de atitude e equilíbrio na polícia e na legislação".