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Japão diz que reduzir cotas prova que seu programa baleeiro é científico

O Japão foi obrigado a renunciar à caça de baleias na Antártica na temporada 2014-2015

Agência France-Presse
postado em 26/11/2014 18:37

Comissário do Japão para a Comissão Baleeira discursa em uma coletiva de imprensa em Tóquio

Tóquio- A decisão anunciada este mês pelo Japão de reduzir em dois terços as cotas de caça de baleias na Antártica é a prova de que seu programa baleeiro tem fins científicos, afirmou nesta quarta-feira (26/11) um alto funcionário japonês.

Joji Morishita, chefe da delegação japonesa na Comissão Baleeira Internacional (CBI), disse que os países que se opõem à caça destes cetáceos devem admitir que seu país faz esforços após a proibição anunciada pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), a mais elevada instância jurídica das Nações Unidas.

A resolução da CIJ, a pedido da Austrália, decidiu que o Japão apresentava como científica uma caça que, na verdade tinha fins comerciais. Consequentemente, o Japão foi obrigado a renunciar à caça de baleias na Antártica na temporada 2014-2015.



Mesmo assim, o país anunciou uma nova campanha em 2015-2016 para caçar 333 baleias, menos que as 900 previstas no programa anterior.


"Esperamos que o nosso programa de pesquisas envie uma mensagem [a quem se opõe à caça], já que aceitamos [integrar] a decisão da CIJ neste programa", declarou Morishita à imprensa.

"Se a CBI quiser sobreviver como organismo internacional de gestão e proteção, é preciso que haja um novo paradigma. Em primeiro lugar, temos que aceitar não estar de acordo", acrescentou.

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