postado em 30/11/2014 17:45
O papa Francisco e o líder da Igreja Ortodoxa, patriarca Bartolomeu I, firmaram neste domingo (30/11) uma declaração conjunta pela reunificação das duas igrejas, a Católica e a Ortodoxa, separadas há mil anos.No último dia de sua visita à Turquia, Francisco esteve na catedral ortodoxa de Istambul, onde assegurou que a Igreja Católica não pretende impor nenhuma exigência à Igreja Ortodoxa no caminho da unidade entre as duas.
O papa disse que as duas igrejas já estão ;no caminho rumo à plena comunhão;, indicando que há, na prática, ;sinais eloquentes de uma unidade real;.
Depois de rezar uma oração em latim e de ouvir o discurso de Bartolomeu, Francisco disse que ;o que a Igreja Católica deseja é a comunhão com as igrejas ortodoxas;.
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Para o papa, a união com os ortodoxos não significará nem a submissão de uns a outros, nem a absorção de uma instituição pela outra, mas ;a aceitação de todos os dons que Deus deu a cada um;.
Francisco e o líder ortodoxo também pediram à comunidade internacional que ;dê uma resposta apropriada; aos ataques contra cristãos nos países do Médio Oriente.
[SAIBAMAIS]Os dois líderes religiosos protestaram pelo que classificam como ;um Médio Oriente sem cristãos;, numa alusão à violência cometida contra os fiéis em conflitos nos países da região.
;Não podemos nos resignar a um Oriente Médio sem cristãos, que professaram o nome de Jesus ali durante dois mil anos;, disseram os dois líderes religiosos na declaração conjunta assinada em Istambul.
;Muitos dos nossos irmãos e irmãs estão sendo perseguidos e foram expulsos com violência dos seus lugares. Parece que se perdeu o valor da vida, que a pessoa já não importa e que pode se sacrificar a outros interesses;, acrescentam os líderes religiosos na declaração.
Antes da celebração, Francisco encontrou-se com o grão-rabino turco, Isak Haleva, na sede da representação pontifícia em Istambul. A reunião com o representante dos judeus na Turquia completou uma série de contatos com outras religiões presentes no país. Sábado, o papa já havia se reunido com muçulmanos, ortodoxos e outros cristãos.