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Uma palestina fica ferida depois de atacar soldado israelense

A jovem teria esfaqueado e provocado ferimentos leves em um soldado em uma área próxima a um bloco de assentamentos

Agência France-Presse
postado em 01/12/2014 08:22
Jerusalém - Uma palestina foi gravemente ferida por um tiro nesta segunda-feira (1/12) depois de ter atacado um israelense perto do bloco de assentamentos de Gush Etzion, na Cisjordânia ocupada, informou a polícia.

A jovem tentou apunhalar um soldado israelense em um cruzamento próximo a este conjunto de colônias, disse a polícia. Em seu impulso, feriu levemente outro israelense, acrescentou.

Posteriormente foi atingida por balas em circunstâncias desconhecidas. Esta palestina de 25 anos, originária da localidade de Beit Fajjar, perto de Belém, encontra-se em estado crítico, segundo os serviços de segurança palestinos. De acordo com o hospital de Jerusalém no qual foi internada, está gravemente ferida.

Soldados israelenses se reúnem próximo ao local onde uma mulher tentar esfaquear um soldado perto do assentamento judaico na Cisjordânia

Esta é a primeira vez em que uma mulher é acusada de cometer um ataque deste tipo desde o início da atual onda de violência em Israel e Cisjordânia, alvo desde o último verão (boreal) de tensões entre israelenses e palestinos que deixaram ao menos 18 mortos apenas em Jerusalém.

Esta violência culminou no dia 18 de novembro com um atentado durante o qual dois palestinos mataram cinco israelenses em uma sinagoga, antes de serem abatidos pela polícia.

Os milhares de mortos registrados durante a guerra da Faixa de Gaza no último verão, a ocupação, o prosseguimento da colonização, as centenas de detenções e o desemprego alimentam a raiva palestina.

A preocupação sobre o status da Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar santo do islã situado em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel, catalizou a ira. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não parou de acusar os líderes palestinos de agitar os ânimos e encorajar a tensão.



"A paz precisa que os palestinos reconheçam o direito do povo judeu a um Estado nação e que deixem de incitar o ódio contra Israel e os judeus", disse nesta segunda-feira durante um encontro com seu colega sérvio Aleksandar Vucic. "Vimos outra vez nesta manhã em Gush Etzion que estas incitações levam à violência mortal e aos atos criminosos".

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