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Israel se aproxima de eleições antecipadas por crise no governo

A crise na coalizão quando o ministro das Finanças, Yair Lapid, rejeitou cinco exigências de Benjamin Netnayahu relacionadas à economia e a Jerusalém Oriental

Agência France-Presse
postado em 02/12/2014 10:11
Israel se dirige a eleições antecipadas em março e abril de 2015, afirma nesta terça-feira (2/12) a imprensa israelense, que informa sobre uma crise de governo devido ao embate entre o primeiro-ministro Benjamin Netnayahu e o ministro das Finanças Yair Lapid.

Um projeto de lei de dissolução do Parlamento, que implica eleições antecipadas e que será apresentado na quarta-feira pela oposição de esquerda, pode receber o apoio de uma parte da atual maioria, em particular do Likud, partido de Netanyahu, indicou a rádio pública.

Se o Parlamento, eleito a princípio até novembro de 2017, for dissolvido, as eleições devem ser organizadas em março ou abril de 2015.

A crise na coalizão governamental explodiu na segunda-feira passada quando o ministro das Finanças, Yair Lapid, chefe do partido de centro-direita Yesh Atid, rejeitou cinco exigências do primeiro-ministro relacionadas à economia e a Jerusalém Oriental.

Netanyahu exigiu em particular a suspensão de um projeto de lei de Lapid para eliminar o IVA para a compra de residências. Além disso, exigiu um aumento de 1,5 bilhão de dólares do orçamento da defesa para cobrir os gastos da última guerra de Gaza.



Netanyahu também convocou Lapid a parar com as críticas contra a construção de casas israelenses em Jerusalém Oriental, a parte árabe da Cidade Sagrada anexada por Israel. Por último, o primeiro-ministro exigiu que Lapid apoie um polêmico projeto de lei que define Israel como o "Estado nacional do povo judeu", ao qual a ministra da Justiça Tzipi Livni, chefe do partido centrista HaTnuha, também se opõe.

Yesh Atid, o partido de Lapid, é o segundo partido mais importante do governo com 19 deputados de um total de 120, enquanto o HaTnuha soma seis deputados. Sem o apoio destes dois partidos, Netanyahu fica sem maioria parlamentar.

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