postado em 02/12/2014 11:33
A 20; Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP-20), que começou em Lima nesta segunda-feira (1;/12), será ;histórica para o Peru e crucial para o mundo;, afirmou o presidente da conferência e ministro peruano do Meio Ambiente, Manuel Pulgar Vidal.A conferência, da qual participam mais de 10 mil delegados de 195 países, foi aberta pelo presidente da COP-19, o polonês Marcin Korolec, que transmitiu o cargo ao ministro peruano.
Autoridades de todo o mundo vão tentar chegar a um consenso de objetivos e compromissos sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa, para combater as alterações climáticas e os fenômenos meteorológicos extremos. ;Queremos que esta seja a COP que coloque bases sólidas para o novo acordo climático global. Queremos que todos os países, sem exceção, cheguem a um acordo no relatório para demonstrar o nosso compromisso com a redução das emissões;, disse Vidal na abertura do evento.
A COP-20 ocorre até 12 de dezembro com o objetivo de preparar um novo acordo global que deverá ser assinado na conferência de Paris, marcada para dezembro de 2015, que vai substituir o Protocolo de Quioto a partir de 2020.
Vidal frisou ainda que o desafio desta COP-20 consiste em ;receber todos os bons sinais e mensagens; enviados pelos países para garantir um consenso. ;Não vamos deixar que se percam. Construamos regras e acordos que aumentem a confiança entre nós e a opinião pública. O mundo não espera que fracassemos;. No entanto, ;nenhum dos resultados; pretendidos ;está garantido;, e o Peru vai intervir ;com o objetivo de promover avanços, atuando com flexibilidade e facilitando convergências e compromissos;, assegurou o ministro.
Da cerimônia inaugural também participaram a secretária executiva da COP, Christiana Figueres, e o Nobel da Paz em 2007, o cientista indiano Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Christiana destacou que se devem traçar ;linhas de ação cruciais;, como um esboço sobre um novo acordo climático e a forma como os países deverão comunicar os seus compromissos sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa.
O presidente do IPCC ressaltou, por sua vez, que para impedir um aumento da temperatura global em mais de 2 graus Celsius, as emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas entre 40% e 70% em 2050, e eliminadas na sua quase totalidade em 2100. ;Quanto mais nos atrasarmos mais difícil e caro será enfrentar o objetivo dos dois graus;, disse Rajendra Pachauri.
Em Lima, espera-se que os recentes compromissos da União Europeia (UE), da China e dos Estados Unidos para reduzir as suas emissões de gás forneçam um impulso político às negociações e tenham um efeito positivo no restante dos países.