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Forças federais mexicanas assumem segurança de Acapulco

A ação federal tem como objetivo restabelecer a segurança neste cidade portuária de 790 mil habitantes, na costa do Pacífico mexicano

Agência France-Presse
postado em 03/12/2014 21:58
Militares e policiais federais mexicanos assumiram nesta quarta-feira a segurança do balneário turístico de Acapulco e de outros 30 municípios como parte de um plano especial anunciado pelo presidente Enrique Peña Nieto em meio à crise desatada pelo desaparecimento de 43 estudantes.

"Acapulco será o foco de esforços institucionais", destacou o comissário de segurança nacional, Monte Alejandro Rubido, em um evento realizado na cidade de Iguala, em Guerrero, onde ocorreu o desaparecimento e presumido massacre dos 43 estudante, em setembro.

A ação federal tem como objetivo restabelecer a segurança neste cidade portuária de 790 mil habitantes, na costa do Pacífico mexicano, para a chegada de turistas nestas férias, explicou Rubido.

A indústria turística de Acapulco, um dos principais destinos no México, foi afetada nas últimas semanas por fortes protestos devido ao desaparecimento dos estudantes em Iguala. Ambas as cidades pertencem ao estado de Guerrero.



O crime brutal em Iguala marcou um ponto de inflexão no mandato de Enrique Peña Nieto (2012-2018) e mostrou, novamente, a profunda infiltração do narcotráfico na polícia mexicana.

Para enfrentar a corrupção policial, Nieto anunciou na quinta-feira passada um conjunto de medidas que inclui uma proposta ao Congresso de eliminar as polícias municipais do país, deixando apenas 32 corpos, um em cada estado, com um comando centralizado.

A polícia federal ficará encarregada, principalmente, da segurança em terra, mas "o comando da totalidade das forças federais será de responsabilidade do ministério da Defesa Nacional", afirmou Rubido.

Estas medidas são tomadas para que as forças de segurança "jamais traiam a sociedade", disse o ministro do Interior, Osorio Ching, em referência aos ataques da polícia de Iguala contra os estudantes.

O crime de Iguala, um dos piores da história recente da América Latina, provocou uma onda de indignação nacional sem precedentes no México e colocou Peña Nieto na pior crise desde que iniciou seu mandato, em 2012.

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