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Governo libanês confirma prisão de ex-mulher e filha do líder do EI

Saja Al Dulaimi foi casada antes com um iraquiano ligado ao deposto regime de Saddam Hussein, com quem teve dois filhos

Agência France-Presse
postado em 04/12/2014 11:24
Testes de DNA confirmaram que as autoridades libanesas prenderam uma ex-mulher e uma filha do chefe do grupo Estado islâmico (EI), Abu Bakr Al Bagdadi, informou o ministro libanês do Interior, Nohad Mashnuk.

"Graças a amostras enviadas de Bagdá, os testes demonstraram que a menina era, de fato, filha de Bagdadi e que a mulher, Saja al Dulaimi, sua mãe", afirmou.

A fonte disse que a prisão aconteceu há 15 dias. "A mulher já não é esposa de Bagdadi. Ela se casou com ele há seis anos e, durante a relação, que só durou três meses, ficou grávida e deu à luz uma menina", afirmou o ministro.

Segundo ele, Saja Al Dulaimi foi casada antes com um iraquiano ligado ao deposto regime de Saddam Hussein, com quem teve dois filhos. Hoje, é esposa de um palestino e está de novo grávida.

Ela foi detida junto com seus três filhos em Madfun, norte de Beirute, segundo fontes da segurança. "O interrogatório revelou que tinha vínculos com organizações takfiri (extremistas muçulmanos)", afirmou o ministro do Interior. Saja Al Dulaimi é iraquiana e não síria, como foi afirmado anteriormente.



Uma fonte ligada ao caso indicou à AFP que ela foi detida pelas autoridades sírias antes de ser colocada em liberdade em março, dentro de uma troca de com 13 religiosas sequestradas em dezembro de 2013 no norte de Damasco pela Frente Al Nosra.

A Al Nosra, apesar de ser uma organização adversária do EI, publicou na quarta-feira um comunicado no qual acusa o governo libanês de fraqueza por "prender mulheres e filhos de mujahedines"

Uma fonte próxima ao caso considera que Saja Al Dulaimi e Ola Sherkas, mulher de um comandante da Al Nosra - detida na terça-feira perto de Zghorta (norte) - poderão ser usadas pelas autoridades como moeda de troca nas negociações para libertar 27 policiais e soldados libaneses sequestrados pelos jihadistas no início de agosto durante combates em Aarsal (leste do Líbano).

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