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EUA tentam libertar vários reféns retidos pela Al-Qaeda no Iêmen

"Alguns reféns foram resgatados, mas outros - incluindo Somers - não estavam presentes no local", indicou o porta-voz do Pentágono John Kirby em um comunicado

Washington -Forças americanas tentaram resgatar vários reféns, entre eles o jornalista americano Luke Somers, sequestrado pela Al-Qaeda no Iêmen, mas não conseguiram encontrá-lo ao chegar ao suposto cativeiro, informou o Pentágono nesta quinta-feira (4/12), confirmando informações da imprensa.

"Os Estados Unidos tentaram recentemente libertar vários reféns, incluindo o cidadão americano Luke Somers, retido pela Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) no Iêmen", indicou o porta-voz do Pentágono John Kirby em um comunicado. "Alguns reféns foram resgatados, mas outros - incluindo Somers - não estavam presentes no local", acrescenta a nota.

O Centro de vigilância de sites islamitas (SITE) informou mais cedo que a AQPA ameaçou, em um vídeo executar, um refém americano.

Luke Somers, de 33 anos, que no vídeo diz ter sido sequestrado há mais de um ano em Sanaa, pede ajuda e afirma que sua vida está em perigo. No vídeo, Nassar bin Ali al-Ansi, da AQPA, ameaça executar o refém nos três dias seguintes à divulgação do mesmo se os Estados Unidos não responderem às exigências do grupo islamita.

Ele não detalha quais são suas reivindicações, mas afirma que Washington as conhece. "Se isso não ocorrer, o refém americano que temos em nossas mãos conhecerá um destino inevitável", acrescenta.

No fim de novembro, forças especiais iemenitas, apoiadas por comandos americanos, segundo as fontes, realizaram uma operação na província de Hadramut (sudeste) para libertar um grupo de reféns entre os quais figuravam Somers, um britânico e um sul-africano.

No entanto, a Al-Qaeda havia transferido os reféns pouco antes da operação, disse o ministério iemenita da Defesa. No vídeo, Al-Ansi fala desta operação no Iêmen. "A última operação fracassou em Hadramut, durante a qual um grupo de elite dos mujahedines morreu", disse Al-Ansi.

A ameaça da Al-Qaeda de executar o fotógrafo americano ocorre depois que o grupo islamita Estado Islâmico (EI), conhecido por sua brutalidade nos territórios que controla no Iraque e na Síria, decapitou desde agosto cinco reféns ocidentais sequestrados na Síria.

A Al-Qaeda é ativa no sul e no leste do Iêmen, país pobre da península arábica, afetado por conflitos violentos. O Iêmen é um aliado chave dos Estados Unidos na luta contra a Al-Qaeda. Sanaa autoriza os americanos a realizar ataques com drones em eu território contra este grupo extremista.



Os Estados Unidos consideram a AQPA como o braço mais perigoso da rede Al-Qaeda. O grupo soube aproveitar o enfraquecimento do poder central em 2011 durante a Primavera Árabe, que levou à saída do poder do presidente Ali Abdullah Saleh, para reforçar sua presença no país.

Na quarta-feira (3/12), a Al-Qaeda reivindicou um atentado com carro-bomba em Sanaa contra a residência do embaixador do Irã, acusado de apoiar as milícias xiitas que tentam fortalecer sua influência no país depois de ter tomado o controle da capital.