Agência France-Presse
postado em 05/12/2014 08:35
New York - Ao menos 1.500 pessoas protestaram na noite desta quinta-feira (4/12), em Nova York, para denunciar a impunidade, após a absolvição de um policial branco que matou um homem negro, em mais um caso de violência racial nos Estados Unidos.Depois dos protestos da véspera, que deixaram 83 detidos, a mobilização na Foley Square, no sul de Manhattan e na mesma zona do departamento de Polícia de Nova York, ocorreu de maneira pacífica, constatou a AFP no local.
Os manifestantes agitaram cartazes com os dizeres "A vida dos negros não conta" e "O racismo mata", aos gritos de "Não posso respirar" - em referência a Eric Garner, 43 anos, agarrado no pescoço pelo policial Daniel Pantaleo antes de falecer, durante uma operação policial no dia 17 de julho passado.
"Ferguson está em todas as partes", diziam vários cartazes, em referência à cidade do Missouri onde o policial Darren Wilson, que matou a tiros o jovem negro desarmado Michael Brown, também foi isento de julgamento por um grande juri.
[SAIBAMAIS]Vários helicópteros sobrevoaram a área do protesto, que foi controlada por centenas de policiais. "Não vamos parar até que haja algo", explicou à AFP Jonathan, um ativista de 40 anos, que se reuniu com cerca de 100 pessoas na Union Square para seguir até a Foley. "Não podemos tolerar a impunidade da polícia. O governo tem que fazer algo. Há um vídeo mostrando o que ocorreu. Do que mais precisam?" - questionou o ativista.
Antes da passeata, o prefeito de Nova York, Bill De Blasio, fez um apelo à calma, reafirmando o direito de manifestação mas lembrando que "a violência e a desordem são erradas e "contraproducentes".